Ficar ou correr? romance Capítulo 655

“Isso é amor à primeira vista, sabia?”, disse Abel, com um sorriso zombeteiro. “Você está me colocando em uma posição difícil aqui. Ela está... ocupada esta noite. Gostaria de ver nossa seleção de garotas?”

Pedro parecia furioso.

Abel havia tocado em um ponto sensível.

Estava provocando Pedro abertamente agora, rindo. Eu procurava desesperadamente por algo que pudesse usar como arma.

De repente, lembrei da arma no quadril de Abel e engasguei involuntariamente.

Antes que eu pudesse levantar um dedo, algo sólido me imobilizou pela cintura.

“Pegue a maleta e corra”, sussurrou a voz de Abel em meu ouvido. “Não tente nada engraçado comigo, ou ficarei mais do que feliz em deixar outro cadáver para trás.”

A sala ficou silenciosa, como se todos os presentes estivessem cientes da tensão crescente. As dançarinas e os clientes apontavam suas armas para Abel.

Ele estreitou os olhos e soltou uma risada fria. “Sr. Carvalho, você veio preparado!”

Pedro manteve o olhar fixo em mim. “Solte-a, e eu deixo você sair daqui vivo.”

“Ela? Parece que minha fonte estava certa.”

“Querida, você é meu bilhete de saída daqui. Obrigado antecipadamente”, murmurou Abel no meu ouvido.

Eu me contorci e me debati enquanto ele segurava meu corpo contra o dele. Meu plano de roubar sua arma escorregou quando ele a pegou e a apontou para minha cabeça.

Seria mentira dizer que eu não estava com medo. Eu não tinha ideia de como sair daquela situação.

Comigo como refém, Abel estava impassível. “Sr. Carvalho, você trouxe todos os seus homens aqui? Não abandonou sua antiga base, não é?”

“Solte-a”, disse Pedro, calmamente.

Ele também sacou sua arma e a apontou para nós.

Eu não sabia nada sobre toda essa história, mas as coisas começaram a fazer sentido à medida que se desenrolavam.

Abel devia saber minha identidade de antemão para me trazer aqui com esse propósito específico.

Ele me segurou e avançou em direção à porta. Júlio suava de ansiedade.

Pedro havia armado essa cilada para Abel, mas não esperava que eu fosse pega no meio dela.

Ele de repente apertou minha garganta. Através da dor, ouvi Danilo pelo fone de ouvido.

“Sr. Abel, os explosivos estão no lugar. Aguardando sua ordem.”

Olhei para baixo, suando de pavor do que poderia encontrar. Meu braço estava encharcado de sangue.

A possibilidade de este ser meu fim era tanto aterrorizante quanto torturante.

Olhei para Pedro. Olhando para mim, por trás de sua fúria e raiva, havia ternura e medo de me perder, ambos indescritíveis.

Vi pela primeira vez como era sua impotência.

“Deixe-me sair daqui. Ou ela morre comigo.” Senti a ponta fria da arma de Abel pressionando levemente minha têmpora. Ele não estava mais zombando; sua voz era fria e mortalmente séria.

Pedro endureceu o olhar novamente. “Solte-a, e talvez eu poupe sua vida”, disse calmamente.

“Hoho! Você acha que sou um idiota?”

Pedro tremia em um esforço para suprimir sua raiva. Se ele tivesse a chance de matar Abel, não apenas o faria. Ele o rasgaria com as próprias mãos.

No entanto, ele lutou contra esse impulso e falou com Abel em um tom controlado. “Deixe-me tomar o lugar dela como refém.”

“Não!” Minha garganta estava seca.

A risada maníaca de Abel soou em meus ouvidos. “Pedro, eu esperava muito mais de você. Então, esta é a famosa situação do cavaleiro branco resgatando a donzela em perigo que seu povo tanto fala.”

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