Eu sabia que ele estava desesperado para tomar banho por causa do cheiro insuportável de sangue em seu corpo. Então fui até o banheiro com ele.
“O que há de errado?”, ele perguntou com uma carranca.
“Vou ajudá-lo!”, exclamei, estendendo a mão para tirar a sua jaqueta.
Assim que alcancei a fivela do cinto, Pedro agarrou as minhas mãos. “Já chega. Pode deixar que faço o resto sozinho. Vá dormir!”
Franzi a testa. “Você não pode se molhar por causa dos ferimentos. Como pode tomar banho sem ajuda? A sua única opção é fazer uma higiene corporal com um pano umedecido, mas não acho que você conseguirá fazer isso sozinho.”
Pedro hesitou. “Está tudo bem. Não faça uma tempestade em copo de água por causa disso. Vou me higienizar.”
No entanto, insisti. “Vou limpar você!”
“Brinque com o touro e ganhará os chifres. Tem certeza disso?”, ele disse seriamente.
Este homem seria a minha morte! “Se você tentar se limpar sozinho, os seus ferimentos podem piorar”, eu disse, mudando de assunto.
Pedro sorriu diabolicamente. Pegando a minha mão, ele me ajudou a desafivelar o cinto e abrir o zíper da calça, expressando a sua luxúria.
Eu não era nenhuma tonta, pois sabia onde isso tudo terminaria. Então, retraí a minha mão apressadamente. “Limpe-se. Vou dormir.”
Antes mesmo de eu sair do banheiro, Pedro me puxou e me abraçou por trás. Com medo de agravar a lesão, congelei e tentei não me movimentar tanto. Eu podia sentir os seus olhos perfurando a minha nuca. “Podemos fazer isso agora?”, ele sugeriu.
Fiquei morrendo de vergonha. “Sua ferida pode reabrir.”
“É apenas uma pequena lesão. O que de ruim poderia acontecer?”
A temperatura no banheiro se elevou. A sua voz soou um pouco áspera, mas ele continuou pressionando. “Podemos?”
Olhei para baixo e fechei os olhos, recusando-me a responder, e ele interpretou o meu silêncio como consentimento.
Depois de uma rodada quente e apaixonada de sexo, senti o meu corpo prestes a desmoronar como uma boneca de pano. Enquanto me higienizava, notei que o ferimento de Pedro havia sangrado novamente por debaixo do curativo. O seu abdômen parecia uma cena de crime.
Fiz uma careta e olhei para ele, sentindo um pouco de raiva. “Olhe, você está sangrando de novo! Eu avisei! A sua ferida se abriu novamente!”
Pedro achou graça e vestiu o roupão. “Está tudo bem. Apenas peça para João vir e dar uma olhada novamente. Não se preocupe com isso.”
Lancei um olhar para ele, sem dizer nada. Saí do banheiro e liguei imediatamente para João. “Dr. Cruz, a ferida de Pedro reabriu. Parece estar sangrando muito. Poderia, por favor, vir dar uma olhada?”
João congelou por um segundo. “Por que a ferida reabriria de repente?”
Eu não sabia o que responder, pois não poderia confessar que tínhamos acabado de fazer sexo no banheiro, poderia? “De qualquer forma, ela está sangrando bastante. Venha e dê uma olhada! Faça este favor, sim?”
Olhei para ele em choque. Ele estava me culpando por isso?
Hã... Tudo bem então!
No entanto, Pedro não se deixou intimidar. “Oh, pare de ser tão presunçoso! Por que não usa as mãos da próxima vez que se sentir excitado, em vez de dormir com qualquer mulher que encontrar?”
Fiquei meio atordoada... As conversas entre homens eram peculiares! Estremeci e voei escada abaixo.
A Sra. Escobar estava quase terminando a comida quando cheguei à cozinha. Assim que terminei de pôr a mesa, Pedro e João desceram também. Os dois pareciam estar se dando muito bem. Devido à regra tácita de que não deveríamos conversar durante as refeições, nenhum de nós conversou durante o jantar.
Depois disso, João ajudou a limpar o ferimento de Pedro. “Não me ligue da próxima vez que tiver esse tipo de problema! Obrigado!”
Pedro encolheu os ombros. “Bem, vai depender da situação.”
Cansado demais para continuar discutindo com ele, João se levantou e arrumou o kit de primeiros socorros. Depois de sacudir as chaves, virou-se e saiu.
Pedro parecia estar de muito bom humor. Ele se recostou no sofá e ordenou à governanta que lhe trouxesse os documentos do escritório.
Sem nada para fazer, sentei-me ao lado dele e folheei um livro com indiferença. “Pedro, por que a família Leão parou de investigar o caso?”
Esta pergunta estava entalada na minha garganta desde ontem. Rebeca era o amor da vida de Carmen, e eu cometi o ato blasfemo de esfaqueá-la. Mesmo que eu tivesse dado um empurrão em Rebeca, Carmen estaria atrás de mim. Por que a atitude dela mudou tão rapidamente?
Pedro estreitou os olhos e largou os documentos, gesticulando para que eu me sentasse ao lado dele.
Obedeci. Ele passou os braços em volta de mim e disse com uma voz rouca: “Sem qualquer evidência, o que eles podem fazer?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?
Ainda nada......
Cadê o restante?????? Q demora e descaso com o leitor...
Mais de um mês sem atualização por novos capítulos......
Cadê os novos capítulos???...
Aguardando os próximos capítulos... serão os finais?...
Tentando desbloquear o capítulo usando as moedas e está dando erro....
Procurem o livro se você me ama, é o mesmo que ficar ou correr? Muda somente o nome dos personagens, Procurem no freenovel...
Demorou tanto pra ser publicado e quando volta é somente 2 capítulos por dia! Porque não lança o livro todo logo? Nem q seja pra comprar, aí aguento mais ter que ficar lendo 2 capítulos por dia que só sai depois de meia noite...
Não deveriam ser 5 capítulos por dia?...
Foi tanto tempo sem atualização que tive que voltar uns 30 capítulos só pra saber em que pé estava a situação. Já tinha esquecido um monte de personagens... espero que esse não seja mais um desses livros enormes que enrolam sem necessidade e acabam com um final patético sem emoção....