Ficar ou correr? romance Capítulo 1272

O mundo valorizava mais a riqueza e o poder do que qualquer outra coisa. Então, para uma secretária insignificante como ela, desrespeitar um membro do conselho e depois se fazer de coitada foi absolutamente ridículo. Fiquei curiosa para ver se ela conseguiria se safar dessa.

Afinal, ela não era a única que sabia fazer cena.

Olhei fixamente para Stella, soltei um longo suspiro e assumi uma expressão de culpa.

Quem tem experiência no ambiente de trabalho sabe que ele é repleto de hipocrisia. Normalmente, um subordinado está condenado quando seu superior faz esse tipo de expressão. Incapaz de identificar qualquer erro do superior, a única coisa que o subordinado pode fazer é aceitar sua má sorte. Ouvi suspiros de horror atrás de mim. Parecia que as outras colegas já podiam prever o que estava por vir para Stella e começaram a rezar por ela.

Júlio olhou para Stella e para mim. Então, ele falou de forma ríspida:

Sra. Collins, por favor, vá até o Departamento de Finanças e pegue o salário referente a três meses. Não precisa mais vir trabalhar a partir de amanhã.”

Sua voz era firme e alta. Até eu fiquei impressionada com sua ousadia. Ele realmente teve coragem de demitir uma funcionária que Pedro contratou assim, sem mais nem menos.

Muito bem, Júlio!

Não pude evitar soltar um sorriso de canto.

“Sr. Campbell?”, Stella não conseguia acreditar no que ouvia, olhando-o chocada. Forçou um sorriso e perguntou: “Por favor, não brinque com isso. Sou a secretária do Sr. Carvalho, então você precisa da aprovação dele antes de me demitir.”

Júlio lançou-lhe um olhar frio, com uma expressão indiferente.

Quando os dois se olharam, o tempo parecia ter parado, e o escritório ficou em silêncio. Não consegui evitar ficar olhando entre os dois, com o cenho franzido de maneira instintiva.

O que está acontecendo? Pedro vai simpatizar com ela só porque ela sempre lhe manda o almoço?

“É verdade o que o Júlio disse?”, Pedro perguntou, com um tom justo e imparcial.

Stella foi esperta o suficiente para perceber que Eliana e eu estávamos contra ela. Olhando para baixo, ela assentiu com firmeza e admitiu seu erro em silêncio. Sua expressão dócil fazia parecer que eu a estava forçando a confessar.

Ela até poderia parecer uma vítima para os outros, mas para mim, estava me deixando extremamente irritada.

“Sr. Carvalho, não precisa hesitar. Sei que o senhor é grato à Sra. Collins por salvar sua vida, então não há necessidade de fazer todo esse drama”, fui até eles e os interrompi, olhando para Stella com um sorriso ousado. “Ouvi dizer que a Sra. Collins é boa em planejar refeições e cuidar das pessoas. Então, que tal transferirmos ela para o Departamento de Logística, como assistente de supervisão? Ela vai poder usar bem seus talentos lá.”

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