Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 370

Ao ouvir o pedido, a gerente compreendeu na hora e saiu com o celular em mãos, indo pessoalmente comparar modelos para escolher o presente.

Nem dois minutos depois, voltou com uma bolsa nas mãos, um modelo branco perolado, sofisticado e reluzente, que parecia brilhar sob a iluminação da loja.

— Sr. Gabriel, selecionei esta bolsa modelo granny bag, da nova coleção de verão da marca GS. É uma edição limitada, e essa peça é a única disponível aqui no nosso balcão. —Informou, empolgada.

Seguiu-se uma explicação entusiasmada:

— O designer se chama Charlson, e a proposta da peça é combinar elementos retrô com linhas modernas. A ideia surgiu quando ele estava viajando pela costa da...

— Chega. —Gabriel interrompeu, franzindo o cenho. —Não tenho nenhum interesse na história do designer ou da peça.

A gerente parou na hora, constrangida, mas tentou manter o profissionalismo com um sorriso discreto.

— Entendi. Então, fica essa mesmo?

— Contanto que ela goste, sim. O que importa é que ela aceite o presente. —Disse Gabriel, direto.

A gerente assentiu, agora completamente compreendendo o objetivo.

— Pode deixar, senhor. Essa peça é o equilíbrio perfeito entre sofisticação e delicadeza. Combina muito com o estilo da moça.

Gabriel não respondeu.

Se fosse confiar em alguém, melhor confiar no bom gosto de uma gerente experiente do que no próprio.

Ele autorizou o embrulho e pediu que fosse entregue o quanto antes, antes que Beatriz e Letícia saíssem do shopping.

— Deseja incluir um cartão? Podemos escrever algo para ela, com seu nome, para que saiba quem está presenteando… —Sugeriu a gerente, solícita.

— Não. —A resposta foi seca, instantânea.

A gerente ficou surpresa pela rapidez e firmeza da recusa.

— Não diga a ela que fui eu quem deu. E, principalmente, não diga que alguém pagou por isso. —Gabriel reforçou, com tom sério.

Quase tinha esquecido esse detalhe crucial.

“Se Beatriz descobrisse que era presente dele... Ela jamais aceitaria.

E mesmo que aceitasse por educação, ele sabia que ela jogaria no lixo logo depois.”

— Invente qualquer coisa. Diga que foi uma promoção da loja, um sorteio, aniversário do cliente, o que quiser. —Ele pausou por um instante. — O importante é que ela acredite que foi um presente de vocês. Entendeu?

Ao ouvir aquele pedido tão específico, a gerente ficou ainda mais surpresa.

O que importava mesmo era que, com uma ligação só, a gerente tinha fechado uma venda de alto valor.

E agora, pessoalmente, iria acompanhar uma das funcionárias para fazer a entrega.

Também ligou para Letícia, a cliente original, para facilitar a abordagem e garantir que a entrega fosse bem recebida.

Enquanto isso, dentro da loja...

Aquele mesmo homem desleixado de antes, barba por fazer, roupa simples, reapareceu.

Na hora, todas as funcionárias, inclusive a caixa, ficaram em alerta.

Olhares desconfiados o seguiram até o balcão.

— Não foi aqui que um figurão acabou de fazer uma compra? —Perguntou ele. —Vim pagar.

Todos ficaram parados por um segundo.

Até que ele puxou do bolso... Um cartão bancário.

A gerente foi pessoalmente fazer a entrega, certa de que um cliente daquele nível jamais deixaria uma dívida. Por isso, planejava concluir a entrega e só depois entrar em contato para o pagamento. Mas, para sua surpresa...

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