Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 344

Gabriel deslizava o mouse lentamente, analisando as fotos. Mas, de repente, parou, surpreso.

O homem ao volante... Não era o Daniel.

A imagem, tirada de lado, mostrava apenas o perfil do motorista. Havia algo vagamente familiar, mas ele não conseguia identificar com certeza. Conhecia de algum lugar? Ou era só impressão?

Quem era esse cara? De onde tinha surgido mais um homem na história?

Continuou rolando, tentando encontrar alguma foto de frente, mas nada. Nem rosto, nem mesmo uma silhueta nítida. Era impossível reconhecer qualquer coisa.

Imediatamente pegou o celular e fez uma ligação.

Assim que atenderam, ele despejou sua fúria:

— Vocês tão querendo ser mandados embora? Que porcaria é essa que me mandaram? Nem uma cara aparece! Eu pago vocês pra isso? Pra esse trabalho porco?

Do outro lado da linha, a resposta veio rápida, mas contida:

— Senhor, essa foi só uma notificação preliminar. O homem que apareceu com o alvo hoje nunca tinha surgido antes. Foi ele quem saiu do carro e buscou a senhorita Beatriz no condomínio. Eles foram ao restaurante Wasp. É um lugar de alto padrão, só com reserva. Não conseguimos entrar. O estacionamento é subterrâneo, exclusivo para clientes com mesa agendada. Não conseguimos acesso por ali também.

Gabriel ouviu, os olhos fixos no nada. Conhecia bem aquele restaurante.

“Então... Foi aquele homem que fez a reserva? Ou teria sido a Letícia?

Um lugar caro como aquele, reservado com antecedência, e ainda indo buscar Beatriz pessoalmente...

A possibilidade o atingiu em cheio.

Será que... Letícia arranjou mesmo um encontro às cegas para Beatriz?”

Só de pensar nisso, Gabriel cerrou os dentes. O ciúme e a irritação tomaram conta, e ele imediatamente abriu o site do restaurante.

Movido por impulso, esqueceu completamente que o restaurante exigia, no mínimo, um dia de antecedência para reservas.

Ou seja... já era tarde demais para tentar qualquer coisa.

— Droga! — Rosnou, batendo a mão na mesa. — Vocês ainda estão lá? Quero que sigam os três quando saírem. Não percam de vista.

— Estamos, sim. Esperando pra tentar conseguir uma imagem de frente, mais nítida. — Responderam.

— E o cara? Como ele é? — Gabriel perguntou, já com os nervos à flor da pele.

Mesmo que Letícia estivesse com eles, isso não significava nada. Ela poderia estar apenas como cupido, a intermediária, acompanhando para facilitar a conversa.

Gabriel nem queria continuar pensando. Cada vez mais, aquela suposição ganhava força na sua mente.

Voltou à foto do motorista, ampliando o rosto de perfil. A franja cobria parte do rosto, os traços estavam desfocados... Não dava para identificar quem era.

O pior era isso: na primeira olhada, teve a sensação de que já tinha visto aquele homem antes... Mas, quanto mais observava, menos reconhecia. Aquela familiaridade se desmanchava. Já não fazia ideia de quem podia ser.

Sem opções, restava apenas esperar pelas próximas fotos que os dois espiões prometeram enviar.

Mas, se eles saíssem direto pela garagem, e o homem deixasse Beatriz no portão sem descer do carro... Seria impossível tirar uma foto nítida do rosto dele.

— Daqui a pouco, tentem também fotografar a placa do carro. — Ordenou Gabriel, pelo telefone.

Com a placa, ele poderia rastrear o dono. Era um plano B, uma garantia a mais.

Enquanto isso, ele seguia trancado em casa, consumido por suposições, corroído pelo ciúme, envenenado por uma ansiedade escura e rastejante.

Em outro ponto da cidade, dentro de uma sala privativa no restaurante...

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