— Realmente, muito branca. — Respondeu Eduardo.
“Tão branca que chegava a refletir a luz. Como porcelana... Ou como uma nuvem.” Ele completou mentalmente, sem dizer em voz alta.
— Viu só? Até meu irmão concordou comigo! — Disse Letícia, toda satisfeita.
Beatriz devolveu um sorriso educado e logo voltou a conversar com a amiga. Pouco tempo depois, chegaram ao restaurante.
O carro parou no estacionamento reservado. Os três subiram de elevador e foram conduzidos por um garçom até o salão reservado, previamente agendado.
Naquele mesmo momento, do lado de fora, à beira da rua.
Dois homens com roupas simples lançaram olhares discretos em direção à entrada do restaurante. Só de bater o olho, já dava para ver que o lugar era de altíssimo padrão, então nem cogitaram entrar sem um plano.
Conferiram no celular e, como suspeitavam, o restaurante só aceitava reservas antecipadas. Nenhuma chance para clientes de última hora. Ou seja, naquele dia, eles não teriam como entrar.
Sem escolha, decidiram continuar o trabalho à distância.
Começaram a revisar as fotos tiradas mais cedo, algumas na porta do condomínio, outras da entrada da garagem subterrânea.
Agruparam os arquivos e enviaram tudo para o e-mail do contratante. Depois, voltaram à vigília, esperando novas ordens.
Em outro lugar da cidade.
Por ser fim de semana, a única tarefa de Gabriel naquele dia era aguardar o retorno das câmeras de vigilância. Como ainda não haviam enviado nada, decidiu almoçar.
A comida tinha sido preparada pelo chef do hotel, mas quem trouxe foi um dos seguranças.
Assim que deu a primeira garfada, Gabriel franziu as sobrancelhas.
O motivo?
Aquele sabor... Era idêntico ao da comida feita pela Vitória tempos atrás.
Especialmente o tempero do creme da sopa. Todo chef tem um toque único, um estilo próprio. E aquele era igualzinho ao da outra vez.
Então... Vitória tinha aprendido com alguém? Ou simplesmente comprou pronto e esquentou numa panelinha de barro, fingindo que era dela?
Provavelmente, tudo vinha do que viveram no ensino médio. Havia aquela névoa de nostalgia, aquela lente que distorcia a realidade. E com isso, qualquer coisa que ela dissesse ou fizesse, ele enxergava como bondade.
Mas agora... Ele estava acordado.
Vitória era uma pessoa falsa. Alguém que dizia uma coisa e fazia outra. Alguém que nunca mereceu seu amor.
Sem conseguir comer, tampouco descansar, abriu o notebook para se distrair com algum arquivo de trabalho.
Ao checar o e-mail, percebeu uma mensagem recebida cerca de dez minutos atrás. O assunto marcava [confidencial].
Gabriel franziu as sobrancelhas. Normalmente, os relatórios chegavam à noite. Por que tão cedo hoje?
Abriu o e-mail e baixou o anexo. As imagens mostravam Beatriz saindo para almoçar, duas mulheres e um homem.
Ele presumiu que fosse Letícia com Daniel, como sempre. O olhar logo perdeu qualquer calor, e um sorriso gelado se formou nos lábios. Um sorrisinho carregado de inveja e sarcasmo.
— Daniel... Aproveita pra comer agora, enquanto ainda dá tempo. — Sussurrou ele, com amargura. — Daqui a pouco, nem miojo você vai ter dinheiro pra comprar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle
Libera os capitulos!...
Desbloqueia os capitulos...
Estou amando...
Cadê a atualização dos capítulos?...
Nunca consegui ler um capítulo grátis no BueNovela e leio romances no aplicativo. Consigo no maximo desbloquear 2 capítulos por dia. E nem tem a opção de ver vídeos para desbloquear...
No BueNovela e no Goodnovel vc consegue ler 12 capítulos grátis por dia, apenas vendo 2 vídeos por capítulo. Não paguem aqui!...
Para pagar prefiro pagar ao BueNovela ou Goodnovel. Cara de pau de vcs cobrarem!...
Vão começar a cobrar agora pelos livros?...
Poxa, um dos melhores agora é pago...Que pena, irei ler em outras plataformas...