Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 311

— Você está querendo bancar a esperta. Palavra dita é como água derramada, não tem como voltar atrás. — Disse Beatriz. — Eles estavam apenas jantando, comemorando com um amigo. Isso não tem nada a ver com o que o Leonardo disse antes.

Letícia arqueou uma sobrancelha ao ouvir isso da amiga.

“Que pena que agora não posso entrar em contato com o Leonardo... Se pudesse, perguntava direto pra ele. Queria ver como a Bia ia continuar negando depois disso.”

Logo chegou uma nova mensagem de áudio da Beatriz:

[É sério, para de tirar conclusão do nada. Vai trabalhar logo. À noite, se estiver livre, vamos jantar juntas.]

Letícia ouviu o áudio sem cerimônia e, naturalmente, já mandou três nomes de pratos, pedindo que a amiga preparasse tudo direitinho e a esperasse.

Ela largou o celular para se concentrar no trabalho, mas logo chegou uma nova notificação. Deu uma olhada rápida ,era do irmão.

[Você contou pra Beatriz que fui eu quem achou as provas pra ela?]

Letícia digitou com um toque de provocação:

[Olha só, tá querendo crédito antes da hora? Com medo que eu me esqueça de te elogiar, é isso?]

No último andar, na sala da presidência.

Eduardo leu a resposta com os lábios comprimidos. A provocação descarada da irmã o fez suspirar fundo.

Ligou direto para ela. Quando Letícia atendeu, ele falou com a voz seca:

— Como assim “querer crédito”? Fui eu quem fez tudo. E você ainda leva os louros, enquanto a Beatriz continua achando que eu sou o vilão da história.

— Ei, nós somos irmãos de sangue, tá? Que história é essa de eu tirar vantagem de você? No máximo, tô ganhando um jantar de graça~ — Disse Letícia, cruzando as pernas com um sorriso debochado.

E ainda fez questão de provocar:

— A Bia ficou tão agradecida que vai cozinhar hoje à noite. Vai ter costelinha e enguia, meus pratos favoritos~.

Eduardo ficou em silêncio por um momento.

“Esse jantar não devia ser em agradecimento a mim...”

— Come, come mesmo... Depois não reclama se virar uma bolinha e ninguém quiser te casar. — Resmungou ele.

— Credo, que venenoso! Isso é inveja porque você não vai comer nada! — Retrucou Letícia na hora.

Letícia, ao ouvir isso, pensou:

“Olha só... Esse jeito dele de torcer cada palavra pra sair por cima... É igualzinho à Bia.”

— Tá bom, tá bom, não vou discutir mais com você. Eu passo o recado pra Bia, pode deixar. Não vou deixar que seu mérito passe em branco. — Disse ela com desdém, mas com um toque de diversão.

“Mas jantar, ele que não contasse com isso... Que tipo de irmã levaria o próprio irmão pra casa de uma garota que mora sozinha? Eu, hein, não sou boba.”

Eduardo ficou em silêncio ao ouvir a promessa da irmã. Antes de desligar, ainda escutou ela resmungando:

— Também, quem mandou você tratar minha amiga daquele jeito antes? Se agora ela não te suporta, foi mais do que merecido.

Eduardo ficou sem palavras...

Ele largou o celular devagar, pegou a xícara de café e tomou um gole leve.

A conversa que acabara de ter com a irmã, somada ao sabor do café, o fez lembrar inevitavelmente daquela xícara que Beatriz preparou para ele lá na Aurora.

“Os grãos eram de qualidade mediana, o sabor nada de especial... Mas o equilíbrio na quantidade e o controle na extração estavam tão bem-feitos que, no fim, até que descia bem.”

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