Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 310

— Sim. — Respondeu Beatriz, e logo completou: — Mas você mesma não disse que ele só estava inventando? Tentando dar a entender que foi você quem o convidou?

— Sim, eu pensei isso na hora. — Concordou Letícia. — Mas aí... Agora há pouco me ocorreu uma coisa.

— O que? — Beatriz aguardou.

— O Leonardo não falou que, no almoço, também estaria o meu irmão? Pois então... — Letícia falou com lentidão proposital, como se estivesse montando uma armadilha.

Beatriz entendeu na hora pra onde Letícia queria levar aquilo.

— Para! — Interrompeu Beatriz, seca.

— Era só um almoço entre eles. Não tem nada a ver comigo. — Disse, tentando manter o tom firme.

Letícia sorriu com malícia. A voz assumiu um tom brincalhão e provocador:

— Quer apostar, Bia?

— Não tem o que apostar. — Retrucou Beatriz, sem hesitar.

— Tá bom, tá bom... Para de fugir. Você não tem que ir trabalhar? Já deu por hoje, né? — Completou Beatriz, mudando de assunto e querendo encerrar logo a conversa.

— A empresa é da minha família, amor. Eu vou trabalhar quando eu quiser~ — Respondeu a ricaça, com aquele ar de “quem manda aqui sou eu”.

— Essa pressa pra encerrar o assunto... Tá cheirando a consciência pesada, hein? Hahaha. — Cutucou Letícia do outro lado da linha.

— Não tem nada disso. Só acho que isso não é tema pra brincadeira. Eu e seu irmão mal nos conhecemos. — Suspirou Beatriz, sincera. — Você mesma viu como ele me provocou. Então não começa a me zoar com isso.

— Isso é por ter me chamado de “Lêzona”! — Rebateu Letícia, fingindo ofensa.

— Tá bom, tá bom! Foi mal! Lê, me perdoa, vai! — Disse Beatriz, se rendendo com risada na voz.

Antes que a amiga começasse uma nova rodada de provocações, Beatriz emendou mais duas frases soltas e tratou de se despedir rapidamente e desligar a chamada.

Guardou o celular no bolso e foi até a cozinha pegar um copo de água.

“Letícia tem uma imaginação absurda...

Leonardo e Eduardo são amigos, almoçarem juntos é a coisa mais normal do mundo.

Só que... Justo hoje, justo no mesmo dia do comentário suspeito do Leonardo...”

Ela ainda estava pensando nisso quando o celular apitou com uma nova notificação.

Beatriz pegou o telefone enquanto tomava um gole d’água.

[Letícia: imagem]

Era uma captura de tela de uma conversa com Eduardo.

Beatriz abriu. E assim que leu o conteúdo...

Engasgou-se na hora com a água, tossindo duas vezes.

Beatriz sentiu uma gota de suor brotar na testa.

“Como assim, Eduardo disse isso tão naturalmente?”

Ela começou a digitar, apagou.

Começou de novo, apagou de novo.

No fim, com muito esforço, mandou:

[Amigos! Um ganhou a causa, o outro comemorou pagando o almoço. Totalmente plausível. Nada a ver comigo!]

Quase no mesmo segundo, Letícia mandou uma mensagem de voz:

— Mas o Leonardo disse antes que alguém já tinha o convidado. E agora a gente descobre que esse “alguém” era o meu irmão.

Beatriz segurou a testa.

Pegou o celular e respondeu com voz firme:

— Você mesma disse que o Leonardo queria era que você o convidasse. Isso não tem nada a ver com o seu irmão.

— Hm... Tá, admito que naquela hora me enganei. Ele não queria que eu convidasse.

Queria era que meu irmão convidasse. E, veja só, foi exatamente o que aconteceu.

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