Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 231

Ao ouvir o nome de Vitória, Gabriel ficou paralisado por um instante. Em seguida, apertou os lábios e retrucou:

— Não. Eu não tenho nenhuma relação com ela.

Ao escutar aquelas palavras frias e definitivas, os olhos de Vitória transbordaram de lágrimas. Ela chorava com a voz embargada.

— Hehe... Quem é que vai acreditar nisso? Não foi você que apareceu nos trending topics com ela por causa de um escândalo? — Zombou Eduardo.

Gabriel cerrou os punhos, rangendo os dentes, e tentou se justificar, pálido:

— Aquilo foi tudo um mal-entendido!

— Eu não estou nem aí se foi ou não mal-entendido. Cinco milhões. Transfere logo esse dinheiro. — Disse Eduardo, impaciente.

— Você tá delirando! Quem causou que resolva. Não me venha fazer de otário! — Xingou Gabriel, furioso. — Eu não tenho mais nenhum vínculo com a Vitória. A partir de agora, entre nós está tudo terminado!

Disse isso com firmeza, sem hesitação. Sua voz era gelada, desprovida de qualquer sentimento.

Como o celular estava no viva-voz, Vitória ouviu tudo com clareza. Instantaneamente, desabou em prantos, inconsolável.

— Gabi... Ga... Bi...

Ao escutar o choro engasgado da mulher, Gabriel manteve a expressão dura. Nenhum traço de emoção em seu rosto, como se estivesse ouvindo uma estranha.

O que um dia foi cuidado, agora virava indiferença.

Sem mais, ele desligou a chamada. O policial ao lado perguntou:

— Sr. Eduardo, deseja continuar a ligação?

— Continuar o quê? Não ouviu o Gabriel dizer que não tem mais nada com essa aí? — Respondeu Eduardo, encarando Vitória. — Então, os cinco milhões ficam por sua conta. Se não tem o dinheiro... Então financie.

Com frieza, Eduardo deixou essas palavras no ar e saiu da sala de interrogatório.

Sozinha, Vitória chorava de partir o coração. A dor no peito era pior que nas mãos.

Cinco milhões... Uma quantia absurda. Mesmo com um empréstimo, como ela conseguiria pagar aquilo?

Na recepção.

Beatriz e os outros ainda aguardavam a assinatura de Vitória. Letícia, entediada, aproveitou para pegar o celular escondida e mandou uma mensagem para Gabriel.

“A namoradinha dele, a tal amante, mandou gente sequestrar a Bia. E ele ainda quer fingir que não tem nada a ver com isso?

Foi por culpa daquele cretino que a Bia acabou ferida. Se não fosse por mim, ela já teria sido levada hoje.”

— Alô?

— Eduardo, em qual delegacia vocês estão?! — A voz de Gabriel soava urgente, junto ao som de passos apressados e de uma porta se abrindo.

— Ora, Sr. Gabriel, resolveu mudar de ideia? Vai transferir o dinheiro pra salvar sua namorada? — Ironizou Eduardo.

Ao ouvir o “Sr. Gabriel”, Letícia e Daniel se viraram ao mesmo tempo. Só Beatriz permaneceu em silêncio, apertando os lábios, sem interromper o passo rumo à saída.

— É a delegacia da região do Centro Comercial. — Disse Eduardo, revelando a localização.

Pelo telefone, dava para ouvir Gabriel sendo barrado por alguém, que tentava impedi-lo de prosseguir.

— Não precisava vir pessoalmente. Quando o dinheiro cair, já basta. — Disse Eduardo, com um certo tom de condescendência.

Do outro lado da linha, Gabriel apertava o celular com força.

Ele não estava indo lá para pagar por Vitória. Jamais faria isso.

O que o movia era o que Letícia dissera a ele que aquela maluca da Vitória tinha tentado sequestrar Beatriz. E ele estava com medo de que algo tivesse acontecido com ela.

— Sr. Gabriel, o Sr. Henrique deixou ordens claras: fora da empresa e de casa, o senhor não deve ir a lugar nenhum. — Disse o segurança à sua frente, tentando contê-lo.

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