Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 230

— Eu só queria assustar a Beatriz pra ela se afastar do Gabi, só isso! Eu nunca faria nada ilegal! Eu sou uma boa pessoa! — Disse Vitória, a voz trêmula, forçando um tom inocente.

Eduardo a encarava.

Se ela era uma boa pessoa, então o resto do mundo inteiro era composto só de criminosos.

— Acordo financeiro ou processo judicial. Você escolhe. — Disse ele, seco, jogando a escolha como quem descarta algo sem valor.

Vitória ficou muda.

Falar em processo era impensável naquele momento.

Ela sabia: se fosse pra justiça, com o irmão da Letícia do outro lado, ela perderia. E perderia feio.

Ia sair devendo ainda mais.

Sem contar que, se o caso fosse exposto publicamente, sua carreira de modelo iria pro buraco. Nenhuma marca a contrataria de novo. Só teria a perder.

Depois de pesar as opções, Vitória cerrou os dentes, engoliu o orgulho e disse, com voz contida:

— Não tem como... Diminuir esse valor? Cinco milhões é muito, eu não tenho isso. — A voz dela vacilava. Os olhos começaram a se encher de lágrimas, um verdadeiro show de drama. — Eu sou só uma modelo... Ganho pouco, trabalho feito uma escrava em desfile, sou explorada pelas agências... Sr. Eduardo, por favor, me perdoa... Eu juro que não queria machucar a Srta. Letícia... Foi um erro, me perdoa, por favor...

Mas Eduardo a encarava sem um fiapo de piedade.

Nenhuma sombra de compaixão no olhar.

Tudo nela lhe parecia encenação.

Essa pose de vítima indefesa…

Minutos atrás, ela urrava como uma fera.

E agora queria posar de delicada?

Esse tipo de flor com veneno no perfume, ele reconhecia à distância.

— Eu não sou o Gabriel. Comigo esse teatrinho não funciona. — Disse, a voz dura como aço.

As lágrimas que enchiam os olhos de Vitória pararam no limite da queda, presas pelo choque.

— Mas com o Gabriel talvez funcione. Ele gosta de você, não é? Então, passa a conta pra ele. Quem sabe ele paga. — Completou o Eduardo.

Vitória mordeu o lábio com força.

Uma lágrima escorreu pela bochecha.

Gabriel já tinha deixado claro que não a queria mais.

A tinha colocada pra fora de casa. Nem atendia as ligações.

Estava prestes a desligar quando, do outro lado da linha, uma voz masculina conhecida se fez ouvir:

— Sr. Gabriel, aqui é uma delegacia. Não uma central de estelionato.

Gabriel parou imediatamente.

— Eduardo? — Perguntou, com a voz tensa.

— Acertou. — Respondeu Eduardo, com frieza, usando o celular do policial. — Faça o favor de transferir cinco milhões agora mesmo. Caso contrário, sua amante, quer dizer, sua namorada, vai passar um bom tempo atrás das grades.

O sangue de Gabriel ferveu na hora.

— Que amante? Que namorada? Você tá de brincadeira?! Fica falando essas besteiras de novo e quem vai receber um processo é você! — Gritou, furioso. — Meu advogado vai te enfiar uma indenização que nem você aguenta!

Eduardo soltou um "tsc" impaciente e virou-se para o policial ao lado:

— Como é mesmo o nome daquela mulher?

— Vitória. — Respondeu o agente, direto.

Eduardo voltou ao telefone:

— Ouviu, né? Vitória. Não é sua namorada? Ou devo dizer... Sua ex?

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