Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 229

Gabriel era mesmo um lixo de ser humano.

Segundo o que a irmã dele contou, quem causou toda aquela confusão naquele dia foi a ex-namorada de Gabriel. Ou seja, a mesma mulher com quem ele exibia afeto publicamente enquanto ainda era casado, a amante oficial.

O divórcio já tinha saído, mas a ex-amante ainda aparecia na frente da ex-esposa, fazendo escândalo.

E Gabriel? Assistia a tudo calado. Sem mover um dedo.

Covarde. Canalha. Um completo nada.

Não demorou muito até que os policiais da sala de interrogatório voltassem, dessa vez acompanhados de outros agentes.

— Sr. Eduardo, Srta. Letícia, Srta. Beatriz. — Chamou o policial, com formalidade. — Com base nas imagens de segurança, foi confirmado que a suspeita foi a primeira a agredir a Srta. Beatriz e tentou arrastá-la até um carro na calçada, configurando intenção criminosa. Também verificamos que os três homens envolvidos não eram seguranças particulares da suspeita, como ela alegou, e sim contratados para executar a ação. Eles admitiram que receberam dinheiro da suspeita para sequestrar a Srta. Beatriz.

Letícia estalou a língua, cruzou os braços e disse, com desprezo:

— Eu sabia! Aquela Vitória ainda teve a cara de pau de dizer que era só um mal-entendido. Descarada!

Beatriz olhou para o policial, depois lançou um olhar rápido a Eduardo.

Permanecia em silêncio.

No fundo, ela sabia:

“Se não fosse a chegada de Eduardo, essa história teria terminado numa mediação amigável, e pronto. Nada teria sido apurado de verdade.”

Eduardo então falou, com o tom firme e frio de sempre:

— Sigam com a acusação conforme o protocolo. E que incluam os danos materiais da minha irmã, os custos médicos e os prejuízos morais causados pelo susto e agressão.

O policial assentiu com vigor.

Mesmo achando que a Srta. Letícia estava mais viva e saltitante do que qualquer outro naquela sala, sabia que qualquer coisa que acontecesse com ela podia virar um escândalo nacional.

Se ela tropeçasse num tapete, já dava indenização.

Dentro da sala de interrogatório.

Vitória ouvia tudo aos gritos.

Quando soube que Letícia estava pedindo uma indenização de cinco milhões, seus olhos giraram, o rosto empalideceu. Parecia que o teto da delegacia ia cair na cabeça dela.

— Cinco milhões?! Tá todo mundo maluco?! Eu não vou pagar um centavo! Isso é roubo! Roubo descarado! — Berrou, revoltada.

— A Srta. Letícia teve uma bolsa de luxo danificada. Ambas as vítimas sofreram ferimentos e foram expostas a risco, o que também configura danos morais. Cinco milhões é o mínimo. — Respondeu o policial, com calma.

Ele olhava para a mulher, agora histérica, gritando e se debatendo nas algemas.

“Não pagar? Então que enfrente o Grupo Martins no tribunal. Boa sorte.

Afinal, ela quem mandou sequestrar, não foi?

E o pior... Mexeu com gente que não devia.”

— Isso é uma armação! Quem disse que fui EU que estraguei a bolsa da Letícia?! Foi ela mesma que se jogou no chão feito louca! Agora querem colocar a culpa em mim?! — Esperneava Vitória, furiosa, puxando as algemas como se pudesse se soltar na força bruta. — Ferimento, o quê?! Qual ferimento?! A gente nem estava armado! Aquela lá tá é fingindo! E eu não vou assinar nada! Não reconheço crime nenhum! Se preparem, vou chamar meu advogado e processar todo mundo aqui! — Berrou, batendo na mesa com as algemas.

Toda a arrogância anterior sumiu instantaneamente.

Ela estava ferrada. Completamente ferrada.

Tinha mexido com a pessoa errada. Pior: com a amiga da pessoa errada.

Os irmãos Martins não a deixariam sair ilesa. Não depois disso.

A insegurança tomou conta de seu corpo.

Os olhos começaram a desviar. A boca tremia.

Ela engoliu o orgulho e começou a implorar:

— Desculpa, Sr. Eduardo... Juro que não foi por mal. Eu nunca quis machucar a Srta. Letícia, eu...

— Você, claro, não teria coragem. — Ele respondeu, com frieza cortante. — Por isso atacou a amiga dela. Tentou sequestrar. E depois? O que você ia fazer com ela? Tirar a honra dela? Prender? Deixar morrer de fome? Jogá-la num terreno baldio?

Cada pergunta vinha mais gelada que a anterior.

Vitória ficou lívida.

O corpo tremia. A voz saiu falha:

— Não... Eu juro... Nunca pensei em nada disso...

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