Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 227

— Não estou brincando contigo! A ex-namorada do Gabriel cercou a mim e à Bia, trouxe três brutamontes junto! Eu e a Bia nos machucamos! E ainda estragaram minha bolsa! Era minha preferida! — Letícia falou, indignada, com a voz embargada de raiva.

Eduardo franziu o cenho ao ouvir. Do outro lado da linha, ela ainda desabafava, cheia de queixas, misturando mágoa e revolta.

Ele respondeu com firmeza:

— Manda a localização da delegacia.

Letícia encerrou a chamada.

Quando olhou à frente, os policiais já estavam no local.

Perfeito. Vitória e os três homens foram todos detidos. Nenhum conseguiu escapar.

Letícia, Beatriz e Daniel foram até a rua e seguiram juntos para a delegacia mais próxima, a mesma da outra vez. Beatriz e Daniel já conheciam o caminho, sabiam até o nome do escrivão.

Na recepção da delegacia.

Letícia enviou a localização para o irmão enquanto os três prestavam depoimento.

Vitória e os capangas tinham sido levados diretamente para a sala de interrogatório.

Quando as declarações terminaram, um dos policiais responsáveis saiu da sala e veio até eles, com cara de funcionário experiente que queria resolver logo o caso:

— A Srta. Vitória alegou que os homens eram seus seguranças particulares. Disse também que não houve tentativa de sequestro, que só queria conversar com a Srta. Beatriz.

Antes mesmo de Beatriz reagir, Letícia explodiu:

— Mentira! Essa mulher tá inventando! Vocês que puxem as câmeras de segurança, tá tudo gravado! Vitória claramente tentou levar a Bia à força! Se eu não tivesse aparecido na hora, ela podia estar jogada numa vala agora! E já aviso: não aceito acordo, nem “mal-entendido”. Essa história não vai acabar aqui. Quero processo criminal!

O policial a encarou, visivelmente incomodado. Pensou: “É... A que mais tá gritando nem foi a vítima direta...”

Estava prestes a repreendê-la, quando outro agente chegou e sussurrou algo em seu ouvido.

O efeito foi imediato.

A expressão dele mudou completamente, do aborrecimento à simpatia instantânea.

Ele voltou-se para Letícia com tom muito mais suave:

— Por favor, senhorita, não precisa se exaltar. Vamos conduzir tudo com a máxima seriedade e imparcialidade.

Letícia, claro, percebeu a mudança na hora.

Lançou um olhar de canto para o agente que havia sussurrado, então arqueou uma sobrancelha com desdém.

“Provavelmente o Eduardo já fez contato por trás, né?”

Beatriz, mais calma, fez a pergunta que realmente importava:

— Eles tentaram me puxar à força. Isso se enquadra como tentativa de sequestro, certo? Quanto tempo de prisão isso dá?

Mas Vitória continuava negando tudo com unhas e dentes.

Quem não o conhecesse, pensaria que se tratava de um executivo frio, intocável.

Mas Beatriz sabia melhor que ninguém: era só fachada.

Por trás daquela pose estava um homem de língua afiada e atitudes irritantes.

Enquanto ela o observava, os olhos dele a encontraram também.

Houve um momento breve de contato visual. Silencioso. Cortante.

Mas, antes que Eduardo dissesse qualquer coisa, Beatriz virou o rosto com frieza, deixando claro que não queria nem ver a cara dele.

Eduardo franziu os lábios e desviou o olhar, sem dizer nada.

Ele então se voltou para Letícia, examinando-a com atenção.

Vasculhou seu rosto e braços, procurando qualquer sinal de ferimento.

— Você não disse que estava gravemente ferida? — Perguntou, desconfiado.

Letícia logo levantou o braço, apontando para o pulso:

— Olha isso aqui! Eles me seguraram com força!

O que ela mostrava era uma leve marca avermelhada, já quase desaparecendo.

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