Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 226

Ao ouvir que Gabriel havia expulsado Vitória de casa, Beatriz ficou levemente surpresa.

Letícia também arregalou os olhos.

Mas Beatriz logo retomou o tom frio e direto:

— Sim, eu me divorciei. Legalmente. Ele é que não aceita e vive atrás de mim. Semana que vem entra o processo definitivo. Quando o juiz bater o martelo, eu e Gabriel não teremos mais nenhum laço. Se não acredita, vai lá assistir à audiência você mesma.

Vitória franziu o cenho, hesitante.

Ela não sabia se acreditava ou não.

“E se a justiça não conceder o divórcio?

E se Beatriz estiver só tentando despistá-la?”

Foi então que Letícia resolveu intervir e, como sempre, sem filtro:

— A Bia tá certíssima. Ela e aquele lixo do Gabriel vão se separar, com certeza. O que me espanta é você ainda tratando ele como se fosse alguma coisa de valor. Tá achando que alguém mais quer esse traste?

Letícia ainda completou, com sarcasmo afiado:

— Olha, vocês dois se merecem. Quando se casarem, me avisa que eu mando presente, viu? Desejo todo sucesso: cem anos juntos e... Oito filhos de uma vez, viu?

Vitória lançou um olhar fulminante para ela.

“Essa mulher... Não foi ela mesma que, outro dia, vivia se gabando da suposta aliança entre as famílias? Agora vem me zoar?”

Mas fazer o quê? Com Letícia, não podia mexer.

O plano era simples: levar Beatriz dali o mais rápido possível.

Só que não contava com a presença de Letícia. Amigas desde a faculdade... Como é que ela esqueceu esse detalhe?

Erro de cálculo.

Notou que várias pessoas estavam parando para olhar.

A praça começava a se encher de curiosos.

Vitória rangeu os dentes, bufou e decidiu bater em retirada.

Mas, antes que conseguisse dar ordem de saída, uma voz masculina potente ecoou por trás:

— Parem agora mesmo!

Ela se virou bruscamente.

Um homem que não reconheceu se aproximava a passos largos, acompanhado de vários seguranças uniformizados.

O rosto de Vitória mudou imediatamente. Ficou pálida.

Era Daniel.

E ele vinha decidido.

Sem pensar duas vezes, Vitória girou nos calcanhares e disparou em direção ao carro parado na beira da rua.

— Daniel! Pega essa mulher! Ela tentou sequestrar a Bia! — Gritou Letícia, apontando com o dedo.

Os brutamontes, vendo que a “patroa” estava fugindo e os seguranças se aproximavam, entraram em pânico.

Largaram Beatriz e tentaram correr também.

Beatriz mordeu o lábio, culpada:

— Me desculpa, Letícia. Eu te dou outra. Eu pago.

Afinal, Letícia tinha estragado a bolsa tentando salvá-la.

Mesmo que fosse caríssima, Beatriz pagaria em mil vezes, se fosse preciso.

Letícia revirou os olhos:

— Você não tem que pedir desculpas. Não foi culpa sua. Mas logo explodiu, cheia de fúria. — Aquela louca da Vitória! Eu juro que vou processar até ela não ter mais nem onde cair morta! Vou exigir dez vezes o valor da bolsa, e ainda danos morais!

Ela olhava para a rua, onde os seguranças ainda seguravam os capangas.

— Já chamei a polícia. — Informou Daniel, com calma.

Letícia, no entanto, não se deu por satisfeita.

Sacou o celular e ligou para alguém.

Do outro lado da linha, alguém atendeu. Ela disparou num tom de puro drama:

— Irmão! Sua irmã foi AGREDIDA! Vem me ajudar agora!

Do outro lado, Eduardo ouviu o grito em alto e bom som.

Fez uma pausa, suspirou... E respondeu, com o tom seco de quem já sabia o exagero:

— Quem é que teria força pra bater em você, Srta. Letícia?

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