Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 218

Pedir as imagens da câmera por causa disso... E ainda falar com tanta convicção...

Beatriz sentiu uma leve insegurança crescer no peito. Afinal, cinco minutos era tempo demais. E o pior é que ela realmente não havia contado, não esperava que aquele maldito homem fosse levar tudo tão a sério.

Parecia que ele tinha algum tipo de prazer em irritá-la só por esporte.

Eduardo, percebendo sua hesitação, virou-se levemente e, com aquele tom de provocação disfarçada de educação, soltou:

— Srta. Beatriz, há pouco você negava com tanta certeza... Melhor mesmo verificar as câmeras. Repito: se faltar até um segundo, eu te peço desculpas. Dou minha palavra. Em nome da minha integridade.

Palavra de honra. Com precisão de segundos.

Beatriz ergueu os olhos, finalmente perdendo a paciência. A irritação explodiu antes que conseguisse controlar:

— E você não acha que primeiro devia pedir desculpas por aquela noite? — A voz dela subiu um tom. — Eu expliquei tudo claramente, e mesmo assim você entrou no carro e foi embora como se nada. Hoje passou o dia inteiro me constrangendo, me provocando na frente dos outros!

A súbita explosão pegou todos de surpresa. Até mesmo Eduardo ficou um instante sem reação.

Os demais presentes se entreolharam com expressões de dúvida.

“Aquela noite...?

Então eles já se conheciam.”

Agora tudo fazia sentido. Não era só flerte aleatório, havia algo mais ali.

Eduardo olhou para ela. Sua coelhinha explosiva agora bufava de raiva, encarando-o como se quisesse morder. E ele... gostava disso.

Mas, desta vez, diferente das anteriores, a irritação dela era genuína. Verdadeira. E ele percebeu.

Sem pensar, murmurou:

— Me desculpa.

Beatriz congelou.

Ela realmente não esperava ouvir isso dele, ainda mais com essa facilidade.

Por um segundo, achou que tinha escutado errado.

— Hoje... Eu não quis te constranger. Só...

Eduardo tentou continuar, mas, ao se deparar com o olhar firme, e visivelmente magoado, dela, as palavras travaram na garganta.

— Enfim... Não era minha intenção. — Concluiu com um tom sem graça.

Embora... Fosse, sim.

Era provocação, puro capricho, uma certa diversão cruel. Porque ver aquela garota perder o controle era, de alguma forma, muito mais interessante do que qualquer reunião.

Mas é claro que um presidente de grupo empresarial não poderia admitir isso em voz alta. Seria o fim da sua reputação. Então preferiu calar e deixar que o mal-entendido o favorecesse.

Percebendo o clima desconfortável, Murilo, que também era o superior direto de Beatriz, tentou aliviar o ambiente com um sorriso forçado:

— Beatriz, o Sr. Eduardo só estava brincando com você. Ele tem um senso de humor... Digamos, um pouco peculiar.

Sem perder tempo, Beatriz se aproximou, passou o cartão no leitor e abriu a porta do elevador. Queria terminar logo com aquilo, mandá-lo embora e nunca mais ver aquele rosto irritante.

Então respondeu, sem pensar muito, com um tom seco:

— Nada demais. Só achei o senhor... Familiar.

Os olhares ao redor se cruzaram discretamente.

“Ué? Familiar? Mas eles não se conheciam?

Não foi ela mesma que disse, lá dentro, ‘aquela noite’?”

Os funcionários do Grupo Martins entraram primeiro no elevador. Eduardo ficou na porta, ainda de lado, e lançou mais uma provocação, com a sobrancelha arqueada e um meio sorriso:

— Esse tipo de cantada já tá meio batido, sabia?

Beatriz ficou chocada...

Ela quase explodiu ali mesmo.

“Esse homem é impossível!

Até agora não cansou de ser irritante?!

Um demônio com terno caro.”

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle