Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 1013

Deus realmente havia dado uma grande surpresa para Marlene Barbosa!

A irmã que ela tanto ansiava finalmente havia retornado.

Ela segurou a mão de Mirella. “Deixe-me olhar bem para você. Emagreceu?”

Se não tivesse olhado, estaria tudo bem, mas ao observar, percebeu que Mirella estava até mais cheinha; o rostinho que antes era pequeno, agora tinha mais carne.

Seu semblante já não estava pálido, mostrava-se corado e saudável, e aqueles grandes olhos brilhavam, cheios de vida, bem diferente da boneca sem alma e prestes a se quebrar que era antes.

Seu bom estado era visível a olho nu.

Marlene sentiu-se aliviada. “Cátia, você me deixou morrendo de preocupação! Neste mais de um ano, afinal, onde esteve?”

Janaína Rocha também correu para abraçá-la. “É verdade! Você nem imagina quantas coisas impressionantes aconteceram com sua irmã nesse tempo.”

Mirella ficou realmente sem graça de contar a verdade: que, durante esse ano, não havia feito nada além de viajar pelo mundo com um homem, aproveitando a vida a dois.

“Ah, irmã, não se preocupe mais comigo, vá logo aproveitar a noite de núpcias com o cunhado.”

Marlene já havia notado Antonio Monteiro atrás dela, e ao entender tudo, não questionou mais.

As famílias Barbosa e Monteiro, assim como as famílias Lopes e Ferro, já estavam entrelaçadas por laços inquebráveis.

Se fosse para culpar alguém, a quem culparia?

Deixou para lá.

Aquilo já era uma confusão sem solução, impossível de desfazer.

Diante dos fatos, Marlene, que já havia renascido para a vida, não queria mais criar problemas para Mirella.

Depois de ter enfrentado a morte, Antonio entendeu que a vida era o bem mais precioso; no tempo limitado que restava, o importante era viver cada dia com alegria.

Não era necessário ter uma vida de grande valor, apenas chegar ao fim sem arrependimentos.

Antonio, com uma caixa nas mãos, aproximou-se com elegância. “Parabéns pelo casamento. Este é um pequeno presente meu e de Cátia.”

“Muito obrigada.”

Marlene demonstrara toda a sua generosidade ao não se importar mais; exigir gentileza extra de sua parte para com Antonio já seria demais.

Um grupo de pessoas, em meio a muita algazarra, levou Marlene até o quarto nupcial.

“O que está fazendo?”

Antonio já havia se preparado para tudo antes de vir. “O que a família Monteiro deve à família Barbosa, estou aqui para pagar. Se quiserem me punir, fiquem à vontade.”

Mesmo que perdesse uma perna, mesmo que pagasse vida por vida, ele não fugiria mais.

Queria ficar com Mirella, e sabia que precisava fazer aquilo.

Danilo percebeu que ele não demonstrava agressividade e, ao pensar em tudo que a família Barbosa havia passado, sentiu-se profundamente triste.

Aproveitando que os outros estavam distraídos com a celebração, Danilo pegou uma faca do cesto de frutas e, sem pensar duas vezes, a cravou com força no corpo de Antonio.

Mirella ficou extremamente nervosa ao ver a cena. “Bonitão!”

“Cátia, não se aproxime. Não foi isso que combinamos?”

Esse era seu único pedido.

Com um som cortante, o sangue jorrou.

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