ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 192

No horário do almoço, Alex busca um refúgio para relaxar e aliviar a crescente tensão, especialmente diante das constantes demandas por sua atenção por parte de Nicole. A irritação acumulada torna-se mais evidente a cada dia. Ao chegar no restaurante Menton, tem em vista encontrar uma breve calma e ao deparar-se com Rebecca, seu coração encontra um momentâneo alívio. Após concluir o almoço, antes de retornar ao grupo Wealth, Alex decide proporcionar a si um instante de diversão para dissipar o estresse.

— Boa tarde, senhores. — Cumprimenta ao se aproximar da mesa, recebendo olhares curiosos de todos. — Sr. Miller, meus dias estão ocupados, então acabei me esquecendo de você.

— Sr. Baker, por que você sempre visa provocar um de nós? — Rebecca indaga, encarando-o com firmeza.

— Às vezes estou entediado e pessoas idiotas me divertem. — Responde, exibindo um sorriso debochado.

— Você é um doente, Alex. — Constata Richard, visivelmente irritado.

— Então me interne já que você trabalha para mim. Que tal umas sessões de terapia? — Provoca, lançando um olhar desafiador, acompanhado de um sorriso sarcástico que sugere um jogo de poder.

— Vai se foder, Alex. — Rebate Richard, irritado.

— Parecem bem nervosos, não é? Vejam bem, em todo esse tempo, adquiri apenas dois grupos. Surpreendentemente, ambos estão prosperando. Mas, sabe, preciso acelerar minhas aquisições, não acham?

— Tudo o que você tem é dinheiro, Sr. Baker. — Responde Benjamin.

— Eu não preciso mais do que isso, o dinheiro supre todas as minhas necessidades.

— Por que está aqui, Alex? — Questiona Ryan, irritado.

— Já respondi à Srta. Jenkins, não vejo por que repetir. Ryan, tire-me uma dúvida. Enfrento muitos problemas com meu advogado, digamos que ele não está satisfeito com os diversos processos que tenho recebido. Você aceitaria me representar judicialmente se eu adquirir o escritório Foster? — Pergunta, em tom provocativo.

— Duvido que essas duas coisas aconteçam, Alex. — Responde com firmeza.

— Relaxa, Ryan. Consegui convencer dois, teu pai é apenas mais um desafio. Eles são inteligentes, ao contrário de vocês, que parecem gostar da burrice. Deem um pouco de trabalho para mim, tornem isso mais interessante. Talvez assim eu consiga me manter motivado, porque, sério, já estou entediado.

— Pelo amor de Deus, Alex. Qual é o teu problema? Desaparece, ninguém aqui aguenta você. — Afirma, transbordando raiva pela provocação.

— Nada disso, Ryan. Percebam bem, vocês têm esse receio de mim, porque são uns patéticos. Contudo, no fundo, desejam que eu prove minha inocência. Existe uma saudade oculta, afinal, continuam frequentando este restaurante, cientes de que estarei aqui. Antes que eu seja preso ou meu fim chegue, proporcionarei uma noite de diversão a vocês, uma experiência para as memórias perdurarem. Aguardem por este momento. É sempre um prazer enfrentá-los. — Conclui, com um tom provocador, afastando-se, quando seu telefone toca.

— Alex, onde você está? — Pergunta Luiza ao ser atendida.

— Estou voltando para o Grupo Wealth. O que você precisa? — Indaga, enquanto caminha.

— Há algo que preciso te revelar e sinto que o telefone pode não ser a melhor maneira.

— Luiza, sem delongas. Estou sem tempo para rodeios. — Afirma, incentivando-a a falar.

— Eles sabiam sobre Melissa. — Diz, sem titubear e Alex para abruptamente. — Ryan, Christine e Bruna tinham conhecimento desde o casamento da Susan.

Ao ser confrontado por aquelas palavras, Alex se vira abruptamente, atraindo os olhares de todos à mesa, seus olhos transbordam uma fúria incontrolável enquanto se fixam intensamente em Ryan. Desliga o celular sem proferir uma única palavra, guardando-o com determinação enquanto avança em passos decididos em direção à mesa. Cada fibra de seu ser é dominada por uma raiva pulsante e a informação revelada ecoa incessantemente em sua mente.

Ao se aproximar de Ryan, Alex agarra o colarinho do paletó com uma fúria descontrolada e o arremessa ao chão com uma violência que reverbera pelo ambiente. Seu olhar, incendiado pela raiva, anuncia uma tempestade iminente, enquanto ele avança para desferir um chute raivoso em Ryan, mergulhando de cabeça nas emoções incontroláveis.

— Meu Deus, você está completamente fora de si! O que diabos está fazendo? — Christine questiona, atônita, enquanto Alex a afasta com um gesto abrupto, seus olhos ainda cravados em Ryan, que se retorce de dor.

— Você tem sorte de ser mulher. Do contrário, faria o mesmo que farei com ele em você. — Afirma, desferindo outro chute impiedoso em Ryan. O ambiente torna-se uma arena de adrenalina.

Rebecca fica paralisada diante da cena, tentando processar a violência que se desenrola diante dela. Alex, impulsionado por uma fúria incontrolável, monta em cima de Ryan, desferindo uma série de socos em seu rosto, enquanto este tenta desesperadamente se proteger. Os amigos ao redor tentam contê-lo, mas entre empurrões e cotoveladas, Alex os afasta, continuando a golpear Ryan, possuído pela raiva.

— Você vai matá-lo, pare com isso, Alex! — Grita Christine, horrorizada com a cena, lágrimas escorrendo pelo rosto. Rebecca, despertada pelo grito, corre até Alex e se joga sobre ele.

— Alex, por favor, pare com isso! — Suplica, sendo afastada por ele. Assustada, Rebecca, em um impulso de força inesperada, puxa-o com intensidade e o derruba no chão. Ela se deita sobre ele, agarrando com firmeza seu rosto, tentando interromper a fúria que o consumia.

— Alex, olhe para mim, por favor, meu amor, olhe para mim. — Implora, observando o olhar vazio e assustador que ele carrega.

Os olhos de Alex, turvos pela raiva, encontram finalmente os dela. Ele leva as mãos, sujas com o sangue de Ryan, ao próprio rosto, como se tentasse conter a tempestade que se agita dentro dele. Os amigos ajudam Ryan a se levantar e Richard corre para a saída em busca de seu kit de primeiros socorros.

Chapter 192 Somos homens de sorte 1

Chapter 192 Somos homens de sorte 2

Chapter 192 Somos homens de sorte 3

— Eu te odeio. Espero que nunca passe pela metade da dor que passei. — Conclui, dirigindo-se à saída.

Rebecca corre para o estacionamento, sentindo a dor rasgar seu corpo. Lágrimas escorrem incessantemente de seus olhos. Ao chegar em seu carro, ela busca refúgio nos braços de Alex, que a aguarda e desaba sobre seu peito, experimentando a agonia de uma nova traição. O som do seu lamento se intensifica, enquanto Alex acaricia seus cabelos, buscando consolá-la na tempestade emocional que os envolve.

— Meu amor, fique tranquila. — Sussurra, depositando um beijo suave na cabeça dela. Ele nota o olhar surpreso de Susan ao se aproximar, mas naquele momento, isso não parece uma preocupação para ele.

— Rebecca? — Chama Susan, vendo Rebecca virar-se assustada.

— Susan, o que você faz aqui? — Questiona, alternando seu olhar entre Alex e a amiga.

— Rebecca, você ficará bem. Preciso ir, fique com a sua amiga. — Diz Alex, se afastando dela indo em direção ao seu carro. Susan se aproxima e envolve Rebecca em um abraço.

— Foi por isso que você o chamou de amor. — Constata Susan com um leve sorriso. — Você pretendia me contar? — Questiona e Rebecca nega com a cabeça. — Por que não?

— Alex me pediu para manter segredo. — Responde, secando as lágrimas. — Susan, por favor, não comente isso com ninguém, nem com o Leandro.

— Desde quando isso acontece?

— Desde o dia da minha reunião no Grupo Wealth. Foi o Alex quem me contou sobre a Melissa. Preciso ir. — Diz, permitindo que as lágrimas escorram novamente.

— Vou com você. — Afirma, pegando a chave da mão de Rebecca, que está trêmula e visivelmente abalada.

No restaurante, um silêncio sufocante paira no ar. Após Richard cuidar dos ferimentos de Ryan, ele insiste para o amigo ir ao hospital realizar exames. Todos os olhares convergem para Christine e Ryan, enquanto o peso de suas escolhas começa a se manifestar devastadoramente.

Rebecca passa a tarde sendo consolada por Susan, confidenciando a sua reconciliação com Alex e expressando a sua felicidade por viver o amor com o homem que sempre amou, apesar de todos os obstáculos.

Naquela tarde, Alex decide não retornar ao escritório, dirigindo-se diretamente ao seu apartamento para absorver a chocante informação. A ideia de que três dos seus amigos puderam ocultar aquela verdade por tanto tempo o atormenta. Se tivesse tido ciência do que estava acontecendo, talvez pudesse ter evitado muitos dos eventos que se desenrolaram posteriormente.

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