Ela afastou os dedos de Olavo, tremendo levemente de frio: "Olavo, você diz que quer me ajudar, mas me despreza a cada oportunidade. Sua hipocrisia é repugnante!"
A sensação suave escorregou das mãos de Olavo e, antes que ele pudesse reagir, Nadia já havia trocado de roupa e descido apressadamente para o andar de baixo.
Olavo desceu as escadas rapidamente, alcançou-a, segurou sua mão e massageou as têmporas, como se tentasse manter a calma: "Já está tarde, não é seguro sair agora. Vá amanhã."
Nadia permaneceu em silêncio, mas tentou se desvencilhar com força. No entanto, a mão dele não cedeu.
"Nadia, por favor, acalme-se! Eu... eu não te desprezo. Estou tentando abrir seus olhos: Hélio não é confiável. Ele está pedindo para voltar com você enquanto, ao mesmo tempo, participa de encontros às cegas, te tratando como uma segunda opção."
"E daí? O que isso tem a ver comigo? Eu já disse que não gosto mais dele."
"É mesmo verdade?"
Nadia lançou-lhe um olhar frio, avaliando-o de cima a baixo, antes de esboçar um sorriso sarcástico: "Se é verdade ou não, o que isso tem a ver com você?"
"Eu..." - Olavo foi pego desprevenido pela pergunta direta e ficou sem palavras, encarando-a em silêncio.
Depois de alguns instantes, ele suspirou, admitindo sua derrota. Suas mãos caíram desanimadas ao lado do corpo, e sua voz saiu rouca: "Não é seguro você ir sozinha. Eu te levo de carro."
Nadia abaixou o olhar, desistindo de resistir: "Obrigada. Apenas me deixe na estação de metrô mais próxima."
O Rolls-Royce preto e imponente movia-se lentamente pela área mais nobre de Porto Celeste.
Diferentemente do centro da cidade, aquela região era silenciosa e serena, com as luzes das ruas mantidas em um brilho suave para não incomodar os moradores.
Dentro do carro, uma música clássica tocava suavemente.
Mesmo Olavo dirigindo devagar, eventualmente, eles chegaram à estação de metrô.
Com um leve toque, ele soltou o cinto de segurança, saiu do carro e abriu a porta para Nadia.
Seus lábios se moveram, como se estivesse prestes a dizer algo, mas no final, permaneceu em silêncio.
Quando se deu conta, Nadia já havia entrado na estação e se afastado.
Ele franziu a testa, pegou o objeto de volta e guardou no bolso, falando de maneira firme: "Chega dessa brincadeira. Vou pedir para Adriano te levar para casa."
"Ah, está se sentindo culpado!" - O humor de Natália despencou, e ela colocou as mãos na cintura: "Eu não vou embora! Vou dormir aqui hoje. Já vi que o quarto tem produtos de higiene limpos e tudo mais."
Olavo ignorou a provocação, pegou o celular e enviou uma mensagem de voz para Adriano.
Logo depois, subiu para o segundo andar, trancou o quarto de hóspedes e voltou para a cozinha, pegando duas garrafas de água: "Beba um pouco de água."
Natália segurou a bebida gelada entre as mãos, sentindo o frio se espalhar não apenas por seus dedos, mas também por seu coração.
Ela sabia que Olavo era um homem que sempre precisava da companhia de mulheres, assim como seu irmão, que ocasionalmente levava companheiras para a sua casa.
Ainda assim, estava ciente de que aquelas mulheres não representavam nenhuma ameaça real.
Elas eram apenas um alívio momentâneo para desejos que ele preferia manter à distância emocional.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...