A pessoa do outro lado desviou da pergunta com um simples: "Colega."
Ela, frustrada, insistiu: "Colega masculino ou feminino?"
Mas tudo o que recebeu foi a mesma resposta indiferente de Olavo: "O que quer?"
Enquanto a conversa começava a tomar outro rumo, Adriano elevou a voz para a pessoa do outro lado da linha: "Estava lendo as notícias no celular e vi que uma mulher escandalosa invadiu sua empresa e causou uma grande confusão. Aquela garota que foi insultada é a Nadia, por acaso? Ela me pareceu um pouco com ela."
Olavo respondeu com um tom levemente frio: "Você parece estar muito interessado nela."
Adriano coçou o queixo, tentando decifrar se aquilo era uma provocação ou apenas uma observação casual. Por que o tom dele soava tão estranho?
"Então, é ela ou não? A moça parecia tão frágil... Mesmo pela tela, dava para notar os olhos dela inchados de tanto chorar."
Até Natália percebeu que havia algo estranho: "Adriano, você prestou muita atenção nos detalhes…"
Adriano suspirou profundamente e respondeu, quase em um murmúrio: "Estou só tentando compensar o que vocês dois fizeram antes... Sério, foi demais." - Ele massageou a têmpora e acrescentou: "Olavo, se puder ajudá-la, deveria fazer isso. Para você, é só um gesto, não custa nada."
Houve um breve silêncio do outro lado, até que Olavo respondeu, tranquilo: "Certo. Eu sei o que fazer."
Depois que a ligação foi encerrada, Natália lançou um olhar insatisfeito ao irmão: "O que quis dizer com aquilo na ligação? Como assim, nós dois exageramos?"
"Natália, não tente bancar a desentendida!" - Adriano pegou um cigarro que estava sobre a mesa e o acendeu com calma, com sua voz adquirindo um tom levemente frio.
A família Rocha era conhecida pela educação, ele não podia simplesmente assistir à irmã se afundar em escolhas duvidosas sem fazer nada.
Natália, sentindo-se injustiçada pela frieza de Olavo e ofendida pelas acusações sem sentido do irmão, levantou-se bruscamente e saiu apressada pela porta.
...
Seu peito subia e descia com a respiração acelerada, e, apontando o dedo para Olavo, declarou em voz firme: "Sr. Ramos, agradeço pela sua ajuda, mas se acha que pode usar esta situação para ferir minha dignidade, está muito enganado. Prefiro enfrentar tudo sem a sua ajuda!"
Olavo ficou momentaneamente surpreso. Ele tinha ferido sua dignidade?
Ele a puxou pelo pulso com respiração ofegante: "Mencionar Hélio é ferir sua dignidade? Então deixe-me esclarecer algo: sua dignidade já não vale mais nada!"
Ele apertou com força, fazendo Nadia gritar de dor. Olavo soltou seu pulso e, em vez disso, agarrou seus ombros firmemente: "Hélio está te traindo com encontros às cegas. A outra mulher? Uma funcionária pública, com uma família estruturada, um trabalho respeitável e uma aparência muito melhor do que a sua. A mãe dele está completamente satisfeita! Se não fosse por este acidente, eles provavelmente estariam casados até o final do ano!"
O coração de Nadia parecia ser comprimido em um torno, enquanto seu rosto firme se desfazia em lágrimas silenciosas.
Muitas palavras circulavam em sua mente, mas apenas as palavras "família, trabalho, uma aparência muito melhor do que a sua" ecoavam como um grito sufocado.
Parecia que, tanto antes quanto agora, Olavo nunca havia deixado de desprezá-la.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...