Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 709

O assistente ficou um pouco surpreso. “Não é de admirar que Cícero ainda esteja vivo. Yago é amigo dele.”

A família Hayes possuía um status significativo no continente, mas era muito discreta e quase não chamava a atenção. Cícero sempre conseguia encontrar uma saída apesar da tentativa de Nathaniel de subjugá-lo. Talvez tenha sido graças à ajuda do amigo.

O homem fechou os olhos e contemplou em silêncio, sem responder.

Marcelo iria passar as instruções ao motorista, mas foi interrompido por seu chefe, que disse: “Mande que alguém o siga. Devíamos descansar primeiro.”

Há algum tempo vinha sentindo dores de cabeça inexplicáveis, incerto sobre a causa.

“Está bem.”

Ao chegar ao hotel, Marcelo levou-o ao quarto e ajudou-o até o sofá. O homem sentou-se e esfregou as têmporas com uma das mãos.

“Está tudo bem, Sr. Rainsworth? Precisa de um médico?”

“Não precisa. Não devo ter descansado direito”, rejeitou a ideia com aspereza e dispensou o assistente, mergulhando num silêncio ensurdecedor, enterrado na escuridão que o circundava.

Nathaniel pegou o celular e seus dedos pairaram sobre o botão para ligar para a esposa, mas desistiu e deixou o aparelho de lado. Não tinha dormido bem na noite anterior, e sua cabeça estava cheia por causa do que Cecilia havia dito.

Entre ele e Cícero, ela escolheria Cícero.

No fim, perderia a pessoa que mais o amou de qualquer jeito.

Conforme a dor de cabeça acentuou, o celular tocou.

Pensou que fosse a esposa e estendeu a mão, lutando para encontrar o aparelho. Quando o encontrou, pegou-o e atendeu.

Um pouco insatisfeito, disse: “Enfim lembrou de mim.”

Do outro lado, Elena ficou desconcertada.

“Do que você está falando? Vim ver Edu e a governanta me disse que você e Cecilia estavam fora. Aonde foram sem levar meu neto?”

Sufocada pela emoção, sua mãe disse: “Você precisa entender sua situação com clareza. Filho, como pode lidar com os deveres do cargo se não enxerga?”

Nada a fim de perder mais tempo com aquela conversa, ele desligou. Do outro lado, a mulher queria falar, mas a chamada já tinha sido encerrada.

Eduardo ouviu com atenção; nunca imaginou que sua avó fosse do tipo que discriminava pessoas com deficiência. Meu pai é idiota, mas ser cego não o torna menos competente do que ninguém. Só possui algumas limitações que os outros não têm. Além disso, já vi como está a empresa dele, e não é menos impressionante que a Corporação Orion.

Pensando nisso, o menino bocejou.

Recuperando o foco, Elena voltou sua atenção para o neto. “Está cansado, Edu?”, perguntou.

“Sim. Vou para a cama agora, boa noite, vovó.”

Eduardo saltitou até seu quarto e vê-lo encheu a mulher de alegria.

“Vou passar a noite com você”, disse-lhe.

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