“Abigail Zapata Monterrey”
Eu havia esperado pelo Ulisses no dia anterior, o dia todo, mas ele não apareceu, eu sentia como se ele estivesse apenas mexendo com as nossas cabeças, mas a conversa com o Antônio na noite anterior foi tensa o suficiente para que eu tivesse certeza de que o Ulisses era uma ameaça muito real e assustadora. Não sei o que o Antônio havia dito que deu essa sensação, na verdade foi mais o jeito que ele estava, a sua tensão, o excesso de avisos de cuidado.
- Coelhinha, como você está? – O Martim entrou em minha sala pela décima vez com a mesma pergunta e a preocupação em seus olhos me deixava ainda mais nervosa.
- Ursinho, senta. – Eu falei um tanto autoritária e ele obedeceu. – Ótimo!
Eu fui até ele, subi um pouco a minha saia e me sentei em seu colo, pegando o seu rosto entre as minhas mãos e beijando a sua boca. Ah, sim, isso sim era bom, me tirava o foco do motivo de eu estar tão nervosa. O Martim envolveu os braços em minha cintura, nós deixamos aquele beijo nos levar e à medida que ele acontecia ia ficando mais lascivo, deixando nossos corpos mais quentes. Suas mãos tocaram os meus seios e os apertaram, me fazendo soltar um gemido em sua boca. Era bom, bom demais!
E enquanto ele me beijava e me acariciava eu senti o seu membro ficar duro embaixo de mim e isso me fazia querer beijá-lo mais, me movimentando como se o estivesse montando. Meu marido era a minha perdição e a minha melhor distração. Suas mãos abriram os botões da minha blusa e ele libertou os meus seios do sutiã. Sua bocaça saiu da minha e serpenteou até o meu mamilo que implorava por ela.
Era tudo o que eu precisava, seu beijo, seu toque, seu desejo na minha pele. Mas o telefone sobre a minha mesa resolveu tocar insistentemente e eu queria muito ignorá-lo, mas nós estávamos no escritório e isso não era possível.
- Deixa tocar. – O Martim pediu.
- Não posso. – Eu respondi saindo do seu colo muito contrariada.
Eu atendi o telefone enquanto abaixava a minha saia e ouvi a Pilar dizer do outro lado da linha que o Sr. Ulisses Vasconcelos estava ali para me ver. Era chegada a hora de enfrentar o monstro e me fingir de cordeirinho.
- Ele está aí. – Eu me virei para o Martim e comecei a abotoar a minha camisa.
Depois de me recompor, o Martim e eu caminhamos até a recepção e encontramos o Ulisses, com aquela cara de bobo, sorrindo para nós dois.
- Abigail, querida! Cada dia mais linda! – O Ulisses abriu os braços e me cumprimentou com um abraço e um beijo e só depois se virou para o Martim. – Martim, é um prazer revê-lo. A Pilar e eu estávamos nos lembrando o quanto aquele dia na casa de vocês foi agradável.
- Foi mesmo, Uli! Uma pena que você tenha tido que sair correndo. – A Pilar sorriu amavelmente para ele.
- Também achei, Pilar. – Ele sorriu para ela.
- Por favor, Ulisses, vamos até a sala de reuniões. – O Martim convidou. – Pilar, providencie água e café, por favor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...