Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 159

“Pilar Monterrey”

Eu passei o dia de olho nas câmeras de segurança, eu tinha certeza de que a Camila viria tirar satisfações com o Emiliano, já que ele não foi até o apartamento dela no dia anterior. E quando ela chegasse, eu estaria preparada e o que eu fiz ontem não seria nada perto do que eu fiz hoje.

Eu até me vesti especialmente para a ocasião, coloquei um vestido vermelho de bolinhas brancas, muito justo, com o comprimento logo abaixo dos joelhos, com uma alça frente única e um decote coração. Era como se ele tivesse sido costurado no meu corpo e deixava o meu quadril muito evidente por causa da cintura marcada.

E além do mais, a Camila me daria a deixa que eu precisava para provocar o Emiliano mais um pouco, já que ele andava correndo de mim. E não deu outra, no meio da tarde, lá veio a sonsa, assim que eu vi pela câmera de segurança que ela estava estacionando aquele carrinho cor de rosa eu coloquei o meu plano em ação.

- Mary, você pode ficar na recepção pra mim, por favor? É que o Martim me chamou. – Eu chamei rapidinho a estagiária. – Ah, e nem precisa anunciar a Camila, pode deixá-la entrar.

A Mary era a estagiária da engenharia que ficava na sala logo ao lado da recepção e a fofa me substituía sempre que eu precisava me ausentar. Eu fui bem depressa para a sala do Emiliano.

- O que você quer? – Ele praticamente rosnou quando me viu.

- Ai, Emi... – Eu fiz uma voz bem manhosa. – Sua noivinha está vindo aí, seja rápido, eu tive uma idéia.

Na sala do Emiliano tinha uma estante que ia do chão ao teto, eram vários nichos e ali ficavam livros, alguns enfeites e alguns projetos. E tinha uma escada que corria num trilho de um canto a outro. Eu coloquei a escada bem no meio da estante.

- Você vai segurar a escada e demonstrar toda a sua preocupação e cuidado em evitar que eu caia. Entendeu, biscoitinho? – Eu o encarei e ele bufou.

Eu ri e, antes de subir na escada, eu dei um beijo em seu pescoço, deixando uma insinuação do meu batom na camisa dele, afinal, nada irrita mais uma mulher do que batom na camisa do seu namorado, marido, enfim. Ele me olhou feio, mas eu notei o arrepio dos cabelos em sua nuca.

- O que foi isso, Pilar? – Ele estava irritadinho, uma gracinha.

- Isso é pra você entrar no clima! – Eu sorri e dei uma piscadinha pra ele.

Então, eu subi na escada até que as minhas panturrilhas ficassem na altura dos seus olhos. É claro que eu não contei pra ele a melhor parte do meu plano. Eu estava me esticando na escada e eu soube o exato momento em que ela chegou só pelo perfume enjoativo que entrou na sala antes dela.

- Esse, Emi? – Eu falei bem manhosa e olhei para ele.

- Não, Pipa, o outro! – Ele respondeu com a voz doce.

Então eu sabia que era a hora, fingi que tentei me esticar e me joguei no colo dele, como se tivesse caído. Ele me segurou firme nos braços e pousou os meus pés devagar no chão, enquanto olhava para a minha boca e engolia como se estivesse morrendo de vontade de me beijar.

Ah, mas seria épico se ele me beijasse agora. O que será que a Câmisinha faria? Eu podia apostar que ela sairia de mansinho e fingiria que não tinha visto. Mas eu seria mais sutil, eu queria brincar mais um pouquinho com o meu ratinho. Então eu me mantive bem pertinho dele, peguei a sua mão e coloquei sobre o meu coração. Tá, foi mais perto do meu seio do que do coração.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar