Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 154

“Pilar Monterrey”

Eu passei a noite anterior pensando no que aconteceu na sala do Emiliano e acabei chegando a conclusão de que eu precisava esquecê-lo. Sim, ele sentia atração por mim, mas ele nunca assumiria isso, porque ele enfiou naquela cabeça dura que eu sou uma menina e, pelo visto, ele nunca, jamais, nem por um milagre, admitiria que eu sou uma mulher, que eu cresci e que ele me deseja.

Eu estava muito chateada. Na verdade eu estava muito irritada mesmo, como um homem pode ser assim tão cego? A mim ele não queria porque eu sou uma criança, mas por aquela falsa da Camila ele se arrastava se camisa no asfalto! E como se não bastasse eu estar chateada, aquela irritante da Camila apareceu no escritório. Ai que raiva eu tinha dela!

Eu estava tão chateada que quando o Mário chegou para me buscar eu pensei até em não ir almoçar com ele. Esse sim era um fofo! Ele percebeu logo que me conheceu que eu gostava do Emiliano e nós acabamos ficando amigos. Por fim, eu falei tanto da Natália para ele e dele para a Natália que eles queriam se conhecer e eu marquei esse almoço para apresentá-los.

Mas eu não estava no clima. Não estava até o Emiliano aparecer bancando o senhor dono e proprietário da Pilar Monterrey e fazendo aquela cena ridícula com o Mário. O Emiliano teve a cara de pau de falar com o Mário que eu era apenas uma pirralha metida a adulta e que era melhor o Mário se afastar de mim antes que eu causasse uma dor de cabeça pra ele. Eu fiquei possessa de raiva! Aí a Abigail apareceu e colocou o Emiliano na coleira e eu fui almoçar com o Mário. O Emiliano não precisava saber que a Natália também estaria nesse almoço.

E agora o meu irmãozinho lindo, amado, e super cego também, me pede para fingir que eu estou de rolo com o Emiliano só para irritar a Camila. Mas o Martim não tinha idéia do presente que ele me deu, mas não tinha mesmo! Ele colocou no meu colo a chance de irritar a Camila e castigar o Emiliano. E depois dizem que a vingança vem a cavalo, pois se é assim, o cavalo está a galope! Eu ia perder essa oportunidade? Claro que não! Eu a agarrei rapidinho. Agora eu estava sentada ao lado do Emiliano no carro dele indo para o apartamento dele. Ah, biscoitinho, você nem imagina que o seu inferno astral está prestes a começar.

- Pilar, nós precisamos conversar. – O Emiliano dirigia nervoso e muito depressa.

- Ah, claro, mas eu acho que primeiro nós precisamos chegar vivos ao seu apartamento. – Eu sugeri, percebendo o seu estado de nervos. – Quer que eu dirija, Emiliano?

Ele resmungou como se estivesse mascando um pedaço de borracha e não me respondeu. Nós chegamos ao prédio onde ele morava e enquanto o elevador subia ele parecia ainda mais nervoso. Eu fiquei quietinha, só observando a irritação dele. No apartamento ele rapidamente pediu ao porteiro que o avisasse se a Camila chegasse e correu para o escritório e começou a recolher os papéis nervosamente.

- Anda, Pilar, me ajuda! – Eu comecei a ajudá-lo.

- Calma, Emiliano, se você continuar nervoso assim vai acabar enfartando! – Eu sugeri e ele bufou.

- E como você quer que eu fique, hã? Depois do que a senhorita anda aprontando comigo e depois de tudo o que eu descobri. E agora o seu irmão, que deveria cuidar de você, teve essa idéia de gênio de te colocar como minha... sei lá o quê! – Ele ia falando e abriu um cofre que ficava escondido atrás do fundo falso da estante e colocou tudo lá, os papéis e até o laptop.

Depois de tudo guardado ele respirou e saiu do escritório. Eu fui atrás dele e o vi abrir uma garrafa de vinho e se servir de uma taça. Ele estava bufando, até com as pontas das orelhas vermelhas de tão nervoso. Então ele pegou a garrafa de vinho e a taça e foi para a sala.

Capítulo 154: Montando a cena 1

Capítulo 154: Montando a cena 2

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