“Martim Monterrey”
Nós saímos do apart hotel onde o Tony estava hospedado. Eu não me conformava que fosse tão difícil pegar o Maurice. E eu estava com ainda mais ódio dele depois daquelas fotos. Então eu tive uma idéia.
- Vocês se importam se fizermos um pequeno desvio? Eu gostaria de fazer uma visita. – Eu perguntei e a Abi e o Emiliano concordaram. Então eu fui em direção ao endereço que eu já tinha confirmado.
- Quem mora aqui, ursinho? – A Abigail perguntou quando eu parei o carro em frente ao edifício.
- O Maurice. – Eu respondi.
- O que você está pensando em fazer, Martim? – O Emiliano, que estava sentado no banco de trás do meu carro, colocou a cabeça entre os dois bancos da frente.
- Uma visitinha de cortesia para a esposa dele. Eu vou mostrar pra ela que o marido anda com tanto tempo livre que tem tempo até para assediar mulheres em cafeterias. – Eu falei com calma. – Eu já volto!
- Ah, não eu vou com você! – A Abi desceu do carro e o Martim bufou.
- Eu também vou, mas isso é como cutucar o vespeiro com vara curta. – O Emiliano falou e saiu do carro.
Como eu imaginei, o porteiro queria nos anunciar, mas se a mulher do Maurice soubesse que éramos nós ali, ela certamente não nos receberia. Então a Abigail tomou a frente.
- Avisa pra ela que é a Abigail, nós viemos trazer um presente para ela, da parte do Sr. Maurice. – A Abigail falou com aquele jeitinho simpático de quem queria agradar e o porteiro fez o que ela pediu.
A esposa do Maurice autorizou a nossa entrada, mas mandou nos avisar que deveríamos ser rápidos porque ela estava de saída e por causa disso o porteiro nos deixou subir sem registrar a nossa entrada porque não queria desagradar a madame, como ele disse.
Nós entramos no elevador e quando chegamos a cobertura a mulher já estava nos esperando. Ela usava um conjunto de calça e blusa elegante, mas tinha tantos anéis e pulseiras que parecia que estava em exposição em uma vitrine.
- Senhora, boa tarde. – Eu a cumprimentei.
- Meu marido mandou vocês! Martim e Emiliano... na verdade o meu marido odeia vocês! O que vocês querem? – Ela perguntou.
- Acredite, o ódio é recíproco. Mas eu apenas quero te mostrar um vídeo, porque é do seu interesse. – Eu falei e coloquei o vídeo da cafeteria no celular e mostrei pra ela.
Ela assistiu em silêncio, com uma expressão estóica. Quando terminou, me entregou o celular.
- O que vocês querem? A moça do vídeo é você. – Ela olhou para a Abigail.
- Euzinha, Abigail Monterrey! Como a senhora viu, o seu marido me assediou e eu não gostei nem um pouco. – A Abigail falou e a encarou, tão altiva quando a mulher cheia de jóias a sua frente.
- E eu gostei menos ainda! E como não adianta falar com o seu marido, eu vim falar com a senhora, para que o faça ficar longe da minha esposa! – Eu avisei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
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