“Abigail Zapata Monterrey”
A Pilar e eu estávamos infernizando a Camila, eu achava que ela não conseguiria suportar a noite inteira. Até agora ela engoliu tudo, inclusive a Pilar toda sorridente e cheia de assunto com o Emiliano. Claro que santa aquela ali não era, para cada provocação nossa, ela devolvia com outra.
- Câmisinha, você conseguiu encontrar a Maria Luiza? – Eu soltei do nada e o Emiliano me encarou.
- Mas o que a Camila iria querer com a Maria Luiza, Abi? – O Emiliano perguntou.
- Parece que elas têm algum tipo de negócio, Emi, é natural que a Câmisinha queira falar com ela. – Eu dei de ombros.
- Ah, é mesmo, pelo menos foi o que a prima dela disse ontem quando ligou para o escritório. – A Pilar confirmou.
- Negócio? Que história é essa, Camila? – O Emiliano se virou para a Camila, que nos olhou como se fosse atirar o copo em nós. Ela pensou um pouco antes de responder.
- Não é nada demais, amorzinho, é que eu emprestei um dinheirinho para a Maria Luiza, já tem um tempo, ela parecia precisar tanto, mas ela não me pagou é isso. – A sonsa tinha desculpa pra tudo!
- Camila, o que você tem na cabeça? Sair emprestando dinheiro para quem você mal conhece! – O Emiliano chamou a atenção dela, pelo visto já tinha caído na desculpa.
- Ah, Câmisinha, pois então vai atrás dela, porque ela recebeu o acerto, vai enquanto ela tem dinheiro para te pagar. – Eu a provoquei.
- Ah, não, melhor deixar isso pra lá. Se ela foi demitida, vocês devem ter um bom motivo e eu não quero que ela pense que pode manter contato comigo. – A Camila despistou. Era muito esperta essa.
- Mas olha que surpresa, encontrá-los aqui! – O Mário surgiu do nada ao lado da Pilar. – Oi, Bela! – Ele pegou a mão dela e deu um beijo.
- Mário, eu já te avisei! – O Emiliano fechou a cara e o Martim não parecia mais contente.
- Ora, Emiliano, o Martim certamente tem consciência de que tem uma irmã muito linda e eu não estou sendo desrespeitoso. Não é mesmo, Martim? – O Mário se virou para o Martim.
- E tenho certeza de que não será! – O Martim respondeu, mas pelo menos sorriu.
- Claro que não! – O Mário respondeu de forma simpática, me cumprimentou com um sorriso e fez um aceno de cabeça para a Camila. – Eu vim jantar com um parceiro de negócios e vi vocês agora que estava de saída e resolvi cumprimentá-los.
- Pois nós viemos justamente comemorar a nossa parceria! – O Emiliano sorriu.
- Sente-se conosco, Mário, pelo menos um drinque, afinal, estamos celebrando algo do qual você faz parte. – O Martim ofereceu.
- Ah, eu vou aceitar! Têm certeza de que eu não vou atrapalhar? – O Mário perguntou, era um homem, acima de tudo, educado.
- Para com isso, Mário, você é nosso amigo! – Eu sorri e ele acenou ao garçom que rapidamente trouxe uma cadeira e a mesa foi reorganizada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...