“Martim Monterrey”
Já era quase hora do almoço e eu estava pensando em chamar a Abigail para irmos dar uma olhadinha em uma das obras e depois almoçar, mas o Emiliano passou pela minha sala e me chamou.
- Mário? – Eu estranhei ao ver o Mário ali na sala do Emiliano, nossa reunião era no dia seguinte, quando apresentaríamos a ele o projeto do hotel SPA, o seu mais novo empreendimento.
- Martim! Como vai? – Ele se levantou sorridente, era um homem muito simpático e um amigo de longa data do Emiliano. Eu nem sabia como os dois tinham se conhecido.
- Me chamou, Emi? – A Abigail entrou na sala e claro que, como eu, não sabia de nada.
- Abigail Zapata! – Eu ouvi o Mário pronunciar e se levantar todo felizinho para cumprimentá-la.
- Mário? Que bom te ver! Achei que só o veria amanhã. – A Abigail cumprimentou o Mário, deixando claro que também o conhecia.
- E eu nem sabia que a encontraria aqui. – O homem estava muito feliz em ver a minha esposa.
- Eu não te contei que a Abi trabalha conosco agora? – O Emiliano encarou o Mário.
- Não, não contou! Então você vai assinar o meu projeto, Srta. Zapata? – O Mário era um tipo sedutor, com seu jeito italiano, deixava as mulheres suspirando por ele.
- É o que parece, mas agora eu sou a Sra. Zapata Monterrey. – A Abigail informou e me deixou muito satisfeito quando passou o braço pelo meu.
- Não! Você se casou com o Martim? – Ele perguntou e ela fez que sim. – Homem de sorte! Muitos tentaram seduzir essa mulher, você é o único que eu conheço que conseguiu.
- E agora ela é minha e ninguém mais terá a oportunidade. – Eu avisei e dei um beijo no rosto da Abi. Sim, marquei meu território.
- Vocês não têm uma vaga pra mim aqui? Trabalham cercados de mulheres lindas! – O Mário fez uma brincadeira e o Emiliano fechou a cara.
- Mas você não serve para nenhuma, Mário. – O Emiliano respondeu e o outro riu.
- Meus caros, me desculpem ter passado por aqui sem marcar com antecedência, mas me aconteceu uma coisa muito peculiar. – O Mário começou a falar ao se sentar.
- Esta é sua casa, Mário. – O Emiliano era o sociável da empresa, sempre amável com os clientes.
- Obrigado. Mas, imaginem vocês que eu recebi uma ligação do Maurice Lanoy me oferecendo condições especialíssimas para levar o meu projeto para eles. – O Mário comentou e não me surpreendeu.
- É claro! Ele não tem decência! – Eu reclamei. – O que ele te ofereceu?
- De início, um projeto suntuoso, palavras dele, e pagamento na entrega da obra, além de um orçamento trinta por cento menor que o seu. Ele insistiu demais e para me livrar dele eu disse que a minha secretária entraria em contato marcando uma hora, mas ele insistiu que quer me ver hoje. Francamente, eu nem sei como ele tomou conhecimento do meu projeto e fiquei preocupado em ter um traidor na minha empresa. – O Mário parecia mesmo preocupado.
- Não se preocupe, Mário, a informação vazou daqui, mas nós já fizemos a contenção de danos. – O Emiliano explicou.
- Ótimo, Emiliano. Eu gosto do trabalho de vocês e não tenho nenhuma intenção de ouvir o Maurice, ele é um sujeitinho pedante, um chato e eu não o suporto. – O Mário sorriu.
- E quem o suporta, Mário? – O Emiliano emendou.
- Mas você bem que poderia nos ajudar a dar uma liçãozinha nesse cidadão, hein, Mário? – A Abigail sugeriu e o Mário pareceu interessado.
- Que tipo de lição? – O Mário perguntou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...