“Maria Luiza Melo”
Eu queria matar a Abigail! De onde aquela louca tirou essa de me demitir assim, do nada! Não, tinha que ter algo que ela não estivesse dizendo. Eu tinha certeza que não tinha nada a ver com o projeto do hotel SPA, porque eu tinha feito as cópias na sexta feira, depois que todos foram embora e se fosse isso, eles teriam me demitido imediatamente e sem direito a nada, mas não, eu recebi até o meu acerto certinho.
E também, como eles saberiam que eu roubei o projeto? Impossível! Eu já tinha roubado vários e eles nunca desconfiavam, graças as senhas que eu conseguia no departamento de informática. Até que ficar com aquele estagiário chato tinha valido a pena, tinha me rendido um bom dinheiro.
Mas aquela chatinha da Pilar estava lá no escritório, chegou com eles e ia me substituir. Com certeza a Abigail fez aquele circo para dar o meu emprego para a cunhada. É, era isso!
E aquelas duas ainda ficaram andando atrás de mim e vigiando para que eu não pegasse nada e eu acabei não conseguindo copiar a agenda de telefones, aquela me faria falta, tinha uns contatos ótimos que seriam importantes para eu mostrar serviço na Lanoy.
Mas o que era uma pena mesmo, eram os extras que eu estava recebendo da Mônica e da Camila e me fariam falta. Mas também agora eu poderia cobrar a Mônica o emprego decente que ela havia me prometido. Ela disse que depois do hotel SPA ela resolveria isso. Então eu tinha que ir atrás dela. Eu já tinha enviado o projeto e ela ainda nem tinha depositado o meu dinheiro mesmo. Eu fui direto para a Lanoy, foi isso o que eu fiz.
- Maria Luiza? Está maluca? – A Mônica apareceu na recepção para me atender e saiu me puxando para um canto. – O que você está fazendo aqui? Ninguém pode te ver aqui?
- Ai, relaxa, Mônica! Eu fui demitida e vim cobrar a vaga que você me prometeu. – Eu fui direto ao ponto.
- Demitida? Como assim demitida, sua inútil? Eles te pegaram? – A Mônica ficou logo agitada.
- Ai, não, claro que não! A chata da Abigail resolveu dar o meu emprego para a cunhada mais nova, aquela chatinha da Pilar. – Eu expliquei.
- Eles te demitiram para colocar a Pilar como recepcionista? – Ela me encarou desconfiada.
- Isso aí! Se não acredita, liga lá e confirma. Mas agora, Mônica, eu quero o que você me prometeu. Você disse que seria depois do projeto do hotel SPA e eu te enviei o projeto, agora é a sua vez. Ah, e também quero o meu dinheiro que ainda não caiu. – Eu aproveitei para cobrar tudo, ela não ia me passar para trás.
- Tá doida, Maria Luiza? Me cobrando? – Ela me encarou com aquela arrogância que fazia dela tão detestável.
- Não, não estou te cobrando, estou refrescando a sua memória! – Eu sustentei o seu olhar.
- Ah, tá, que seja! É o seguinte, eu não posso te contratar agora, se eu fizer isso eles vão desconfiar e vão causar problemas. Vai pra casa, tira umas férias. Você recebeu o seu acerto? – Ela me perguntou.
- Sim, recebi tudinho. – Eu confirmei.
- Então, vai, tira umas férias e daqui a um mês eu te ligo. – Ela estava já me empurrando para fora.
- Um mês, Mônica? Está maluca? Um mês é muito tempo. – Eu reclamei.
- Um mês, Maria Luiza, ou nós podemos ter problemas. Vai, você recebeu seu acerto e eu vou depositar o dinheiro do projeto, vai viajar, descansar um pouco e daqui a um mês eu te ligo. – Ela insistiu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...