Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 286

Estava ainda tentando processar a revelação sobre o blog de Nate quando Sarah (a golden retriever), subitamente se levantou do cantinho onde estava deitada e começou a andar em círculos, claramente agitada.

— Oliver — disse Richard, observando a cadela com preocupação. — Acho que sua paciente está tentando nos dizer alguma coisa.

Oliver imediatamente se levantou da mesa e se aproximou da golden, que agora estava claramente em desconforto, ofegando pesadamente e procurando um lugar para se deitar.

— Hora do show — disse, se abaixando para examinar rapidamente a cadela. — Ela está entrando em trabalho de parto.

— Agora? — Sarah (a humana) perguntou, se levantando também. — Durante a ceia de Natal?

— Os bebês não seguem cronograma social — Oliver respondeu com um sorriso, já em modo completamente profissional. — Preciso levá-la para o consultório.

Foi nesse exato momento que todas as luzes da casa se apagaram simultaneamente.

— O que foi isso? — Elizabeth perguntou, sua voz ecoando na escuridão súbita.

— Queda de energia — Richard disse, já se movimentando pela sala com a familiaridade de quem conhecia cada móvel de cor. — Provavelmente afetou toda a cidade. Acontece às vezes com o frio intenso.

— Perfeito — Oliver murmurou, ainda agachado ao lado da golden. — Sarah está definitivamente em trabalho de parto, e agora estamos sem luz.

Nate rapidamente pegou seu celular e ativou a lanterna, iluminando parcialmente a sala. Outros também fizeram o mesmo, criando pequenos círculos de luz que dançavam pelas paredes.

— O consultório fica nos fundos do quintal — Oliver explicou rapidamente, pegando a coleira da golden com cuidado. — É uma construção separada que eu uso para atendimentos em casa. Mas vou precisar de ajuda, e sem meu assistente...

— Não conta comigo — Tori disse imediatamente, se afastando da cadela. — Não tenho estômago para essas coisas.

— Eu ajudo — disse Nate sem hesitar.

— Eu também — acrescentei, embora admitisse para mim mesma que nunca havia presenciado um parto, nem mesmo de animais.

— E eu — Sarah (a humana) disse, pegando um casaco que estava no hall de entrada. — Já ajudei minha irmã em partos de cavalos na fazenda da família.

Oliver nos guiou pela porta dos fundos usando a luz do celular, atravessando um pequeno quintal até uma construção de tijolos que claramente havia sido adaptada para funcionar como consultório veterinário. Era compacta mas bem equipada, com uma mesa de exame, armários com suprimentos médicos, e tudo que um veterinário precisaria para atendimentos domiciliares.

— Tem gerador aqui? — Nate perguntou, observando o espaço.

— Infelizmente não — Oliver respondeu, já preparando uma área com mantas limpas para a golden. — Nunca achei que fosse necessário. Normalmente uso a clínica principal para emergências.

O parto de Sarah acabou sendo mais complicado do que Oliver inicialmente esperava. A golden claramente estava com dificuldades, e mesmo na penumbra dos celulares, podíamos ver que algo não estava indo conforme o planejado. Oliver trabalhou com uma calma impressionante, mas era evidente que estava preocupado.

— O primeiro filhote está em posição difícil — murmurou, suas mãos trabalhando delicadamente. — Preciso ajudar manualmente.

As próximas duas horas passaram numa mistura de tensão e esperança. Sarah (a humana) se mostrou incrivelmente útil, antecipando as necessidades de Oliver e mantendo a golden calma durante os momentos mais difíceis. Nate segurava as lanternas dos celulares na posição certa, e eu ajudava com compressas limpas e qualquer coisa que fosse necessária.

Finalmente, após o que pareceram horas eternas, ouvimos o primeiro som fraco de um filhote.

— Conseguimos — Oliver disse, sua voz carregada de alívio. — O primeiro está respirando bem.

Um após o outro, cinco filhotes pequenos e perfeitos vieram ao mundo. Sarah (a golden) imediatamente assumiu seu papel maternal, lambendo cada filhote e organizando-os próximos ao seu corpo para aquecê-los.