Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 187

A consulta de rotina de Matteo no hospital havia transcorrido melhor do que eu esperava. Dr. Portella ficou visivelmente satisfeito com o desenvolvimento do bebê, confirmando que ele estava ganhando peso adequadamente e que todos os reflexos estavam perfeitos para sua idade corrigida. Era sempre uma alegria ouvir que meu pequeno guerreiro continuava se fortalecendo a cada dia.

— Ele está absolutamente perfeito — disse o pediatra, entregando-me Matteo após o exame. — Podem continuar exatamente como estão fazendo até a próxima consulta.

Senti um alívio profundo lavando sobre mim. Mesmo sabendo racionalmente que Matteo estava bem, ainda havia uma ansiedade maternal constante que só se acalmava com a confirmação médica oficial. Beijei sua testa pequena e suave, inalando aquele perfume doce de bebê que nunca me cansava de sentir.

Ao sair do consultório, carreguei Matteo no bebê conforto em direção à sala de espera, esperando encontrar Roberto, o segurança que Christian havia insistido que me acompanhasse sempre que eu saísse de casa. Era uma medida de precaução que eu inicialmente havia resistido - afinal, nossa vida havia voltado ao normal, Lorenzo estava foragido há semanas, e eu queria me sentir livre novamente. Mas Christian foi inflexível.

"Enquanto ele não for preso, você não sai sozinha", havia dito com aquela voz firme que não admitia discussão. "Eu não vou arriscar perder você ou Matteo."

E ali estava eu, três semanas depois, ainda sendo escoltada como uma personalidade importante. Era constrangedor às vezes, especialmente quando outras mães no hospital olhavam curiosas para o homem sério de terno que me acompanhava, mas eu entendia a preocupação de Christian.

Só que quando cheguei à sala de espera, Roberto não estava lá.

Olhei ao redor, confusa, esperando vê-lo emergir do banheiro ou voltando de algum lugar onde tivesse ido rapidamente. Mas a sala estava cheia apenas de outras famílias aguardando consultas, e não havia sinal algum do segurança.

Meu estômago se contraiu com um início de ansiedade. Roberto era profissional demais para simplesmente desaparecer.

Peguei o celular e liguei para o número dele, ouvindo os sinais chamarem no vazio até cair na caixa postal. Tentei novamente, com o mesmo resultado. A ansiedade no meu peito começou a se transformar em algo mais próximo do pânico.

Sem pensar duas vezes, liguei para Christian.

— Oi, amor — sua voz carinhosa me acalmou instantaneamente. — Como foi a consulta do Matteo?

— Foi ótima, ele está perfeito — respondi rapidamente, depois fui direto ao ponto. — Mas, Christian, Roberto sumiu. Ele não está na sala de espera e não atende o telefone.

Houve uma pausa breve, mas significativa.

— Como assim, sumiu? — a voz dele mudou imediatamente para o tom profissional e alerta que eu conhecia tão bem.

— Quando saí do consultório, ele simplesmente não estava mais aqui. Tentei ligar, mas ele não atende.

— Zoey, escute bem: não saia do hospital. Fica exatamente onde está. Estou indo te buscar agora.

— Christian, não precisa — respondi. — O motorista está esperando lá fora mesmo, e até casa é rapidinho. São quinze minutos por uma estrada que conhecemos bem.

— Zoey, eu prefiro que você espere...

— Amor, Carlos é seu motorista de confiança há anos. E Matteo está ficando inquieto e precisa mamar. Vai ficar tudo bem.

Pude ouvir Christian suspirar do outro lado da linha.

— Não gosto disso, Zoey.

— Eu entendo, mas não posso viver com medo para sempre — insisti. — Vou para casa com Carlos. Te ligo assim que chegar.

Ele saiu e foi até a traseira do veículo. Através do espelho retrovisor, pude vê-lo se abaixando para examinar os pneus. Matteo continuou dormindo, e eu peguei meu telefone para verificar algumas mensagens enquanto esperava.

Por alguns minutos, tudo pareceu normal. Carlos estava trabalhando metodicamente, verificando cada pneu. Mas então, de repente, ele pareceu ouvir algo e se endireitou, olhando para trás dele.

— Carlos? — chamei pela janela, mas ele não respondeu.

Foi então que vi um outro carro se aproximando pela estrada, diminuindo a velocidade quando passou por nós. Meu estômago se contraiu com uma ansiedade inexplicável. Algo sobre a situação não parecia certo.

O carro parou a alguns metros de distância, e um homem saiu. Mesmo à distância, pude ver Carlos se aproximando dele, como se o conhecesse. Eles conversaram brevemente, mas suas vozes estavam baixas demais para eu conseguir ouvir qualquer coisa.

Então, sem aviso, o estranho fez um movimento rápido. Carlos cambaleou e caiu, o outro homem o pegando pelos braços e o arrastando para fora da minha linha de visão, para trás de alguns arbustos no acostamento.

Meu coração disparou. Sem pensar, pulei para o banco do motorista, minhas mãos tremendo enquanto tentava desesperadamente ligar o carro. Não importava para onde eu fosse, apenas precisava sair dali, chegar a um lugar com movimento, com pessoas, onde pudesse pedir ajuda.

Matteo começou a chorar no banco de trás, provavelmente sentindo minha tensão, mas eu não podia parar para consolá-lo agora.

— Vamos, vamos — murmurei para o carro, finalmente conseguindo virar a chave.

Mas quando estendi a mão para o câmbio, senti algo frio e metálico pressionar contra minha têmpora direita.

— Eu não faria isso se fosse você — disse uma voz que reconheci imediatamente.

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