Os olhos frios de Adilson Faria, cheios de desprezo, observavam a mulher à sua frente.
"Você pode fazer um teste de paternidade."
Adilson levantou-se, sua estatura esbelta e imponente superando a dela por duas cabeças, olhando de cima para baixo a mulher cuja beleza havia se esvaído.
Ele estendeu a mão, mãos belas, e segurou o queixo da mulher, "Foi enganado por esse rosto no passado, não finja essa inocência agora."
Cassio, vendo sua mãe ser assim humilhada, ficou com os olhos vermelhos de raiva, "Solte minha mãe."
Adilson soltou-a, jogando a mulher no chão, virou-se, olhando friamente para o garoto.
"Se você quer que eu o deixe ficar, não é impossível. Desde que você concorde com uma coisa."
"Fale."
Adilson inclinou-se, sussurrando em seu ouvido: "Só precisas morrer, que eu posso adotá-lo."
Os olhos da mulher se estreitaram.
"Eu não quero ficar com você. Mãe, vamos embora." Cassio, com os olhos ardendo, lançou um olhar feroz para o homem que suspeitava ser seu pai.
"Cassio, cale-se." A mulher repreendeu.
Cassio, relutantemente, calou-se.
Adilson observou-a com um sorriso, dizendo sombriamente: "Mesmo que este garoto seja de fato meu filho biológico, enquanto você viver, nunca permitirei que ele retorne à Família Faria. Se quiser que eu o adote, só se você morrer."
"Depois que você morrer, não importa se ele é ou não da minha Família Faria, eu ainda lhe darei um prato de comida."
"Se você pensa em usar ele para se reconectar à nossa Família Faria, pode tirar essa ideia da cabeça."
Qualquer vestígio de compostura desapareceu ao ver essa mulher.
Só se sentia confortável ao ver seu sofrimento.
O homem, que até então estava frio e sem emoção, agora tinha um rosto sombrio e terrível.
"Crack"...
A xícara de chá foi violentamente jogada no chão, cacos de porcelana e folhas de chá se espalhando.
"Octavia, você é cruel!" Adilson disse, palavra por palavra, como se estivesse espremendo-as entre os dentes.
Por outro lado, Octavia, caminhando com o filho pelo jardim, ouviu o ronco do estômago dele e sorriu, "Ali tem comida, pegue o que quiser comer."
"Mãe, vamos comer em casa."
Embora aquela comida fosse desconhecida para ele, ele não queria ficar ali. Aquele não era o mundo onde ele deveria estar.
Octavia acariciou sua cabeça gentilmente, "Gastamos tanto dinheiro vindo de táxi da cidade. Agora, voltar de estômago vazio seria um desperdício."
"Você está certa, mãe. Não comer seria desperdiçar nossa passagem. Mãe, do que você quer comer? Eu vou pegar para você."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Através de montanhas e mares para a abraçar
Estou adorando a história. Daria para postar mais de 5 capítulos diários?...
Quando vai ter mais capítulos? História é boa....