Ela se lembrou de repente daquela vez, muito tempo atrás, quando tinha vindo aqui com Thales. Aquele elevador, era o caminho para o andar de cima.
Ao perceber isso, ela já sentiu que algo estava errado e, sem pensar, virou-se para correr na direção oposta.
"Sra. Holanda!"
A funcionária, claramente mais rápida do que seus passos hesitantes, logo a alcançou e agarrou seu braço com firmeza.
"Você não estava se sentindo mal? Vou levá-la para cima para descansar."
Delfina se debateu, mas não teve forças.
"Você sabe o que está fazendo?" - disse ela entre dentes: "Quem te pediu para fazer isso?"
O outro homem não respondeu, apenas a forçou em direção ao elevador.
Xander? Não poderia ter sido outra pessoa além dele.
Delfina pensou confusa. Mas ele não tinha vindo hoje, tinha?
Se ele tivesse vindo, ela teria ficado alerta, se protegido e mantido distância.
Xander provavelmente sabia disso, e foi por isso que ele não apareceu.
Naquele salão de festas lotado, com crianças correndo por toda parte, estar cercada por pessoas que ela conhecia e em quem confiava, com garçons passando com bandejas de bebidas era algo tão comum e natural que ela nunca teria suspeitado disso.
Agora a festa havia terminado, os convidados já tinham partido, mas não se sabia ao certo se Rodrigo e os outros já tinham ido embora também.
Ninguém notaria sua ausência agora.
O chão estava coberto com um tapete vinho que abafava os sons dos passos, quase os tornando inaudíveis.
Mas, em seu desespero, Delfina ainda conseguia ouvir.
Alfredo já havia trocado suas roupas: camisa branca e calças pretas, um visual limpo e arrumado.
No momento em que o viu, ela o soltou com um puxão e correu em sua direção com toda a força: "Alfredo..."
Alfredo a levou para a suíte no último andar, e quando Delfina foi colocada na cama, o efeito da droga já estava começando a se manifestar.
Ela sentiu seu corpo esquentar, com sua consciência quase submersa pelo sangue que parecia estar queimando.
Estar em um quarto de hotel com um homem adulto nesse estado era muito perigoso. Ela se esforçou para manter o juízo.
Queria procurar seu telefone celular, mas sua bolsa havia desaparecido, roubada por aquela pessoa durante o confronto, e seu telefone estava dentro dela.
Ela se sentou: "Alfredo, você pode ligar para o meu irmão para mim?"
Quando ela estava em perigo, seu instinto ainda era procurar Thales.
Alfredo se sentou no sofá em frente à cama, acendeu um cigarro e disse em voz baixa: "Esse tipo de problema seu irmão não será capaz de resolver."
"Então você pode me levar ao hospital?"
A fumaça envolvia os traços de Alfredo, ocultando seus olhos de Delfina, que só podia ouvir sua voz desinteressada: "O hospital também não vai conseguir ajudar você."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...