Certo, se ela fosse levada ao hospital desse jeito, amanhã a história se espalharia por todo o círculo.
E daí que ela foi a vítima? A única que ficaria envergonhada e ridicularizada seria ela mesma.
Thales estava agora em negociações para se casar com Adélia, e esse tipo de escândalo poderia gerar opiniões negativas na Família Cunhal.
Havia também a Família Holanda. Se, por causa dela, eles perdessem a reputação novamente, talvez decidissem mandá-la de volta em um avião para resolver a questão de uma vez por todas.
Então, o que deveria ser feito?
Delfina permaneceu ali, ajoelhada ao lado da cama, com a pele do pescoço já avermelhada.
Alfredo, com um cigarro entre os dedos, apoiado no braço do sofá, observava-a com desinteresse, exalando uma aura de tranquilidade e preguiça.
Delfina sabia muito bem o que significava sua situação atual.
Se fosse Xander na sua frente, ela teria pegado uma faca de frutas e o esfaqueado sem pensar duas vezes.
Mas no caso de Alfredo... se não houvesse outro jeito... talvez... não fosse tão ruim...
Ela estava em conflito, balançando de um lado para o outro.
Comparado com o escândalo de ser levada ao hospital e iniciar uma série de reações em cadeia, dormir com Alfredo parecia uma opção mais simples.
Para um playboy como ele, acostumado a se envolver com inúmeras mulheres sem nunca se apegar de verdade, flertar casualmente, certamente não teria princípios de castidade.
Afinal, ela já tinha sido ridicularizada antes.
Depois de uma luta interna, segurando o lençol com força, ela olhou para o homem que estava descansando no sofá, completamente à vontade.
"Alfredo, você pode... me ajudar?"
Ela não tinha ideia de como deveria parecer naquele momento, com os cantos dos olhos levemente avermelhados e o olhar claro e brilhante, uma mistura de inocência e desejo que tornava o convite ao homem irresistivelmente tentador.
Alfredo, apoiando um dedo em sua têmpora, ficou parado sob a luz quente e alaranjada da sala, que lançava sombras profundas sobre seus olhos.
"Como você quer que eu o ajude?"
De que outra forma?
O lobo mau, fingindo ser inocente.
"Você pode fazer isso comigo?"
Ela foi tão direta que surpreendeu Alfredo, que apenas levantou ligeiramente a sobrancelha e continuou fumando, sem responder.
"Não tem problema. Se você não quiser, posso procurar outra pessoa."
Ela estava claramente se esforçando muito para se controlar, com os dedos das mãos e dos pés tensos, com medo de perder o controle e se mostrar vulnerável na frente de Alfredo.
Ele certamente zombaria dela.
"Tudo bem." - Alfredo foi surpreendentemente receptivo: "Mas eu sou bem caro."
Delfina achava que poderia pagar o preço de uma noite: "Quanto você quer?"
Alfredo, que havia levado o Grupo Escudo Nuvem ao topo do mercado, tinha uma perspicácia comercial que ela não conseguia igualar.
"Quanto você tem em sua conta?"
Delfina havia investido todas as suas economias na Neve Voadora, e o que restava não era muito. Ela respondeu com sinceridade: "Só me resta um milhão."
Aproveitando-se de seu estado confuso e emocionalmente vulnerável, Alfredo aumentou o preço: "Então eu quero um milhão."
Delfina ficou atônita por um momento: "Um milhão?"
Por acaso, o que você está vendendo é feito de diamante?
Com evidente preguiça, Alfredo disse: "Eu te disse, sou caro."
O efeito das drogas fez com que a respiração de Delfina ficasse mais rápida. Ela sentia como se formigas estivessem devorando seu corpo - seu coração batia rápido e em pânico.
Ela entendeu que um milhão era apenas uma desculpa para dizer não.
Era um pedido que já era embaraçoso de ser feito, ser rejeitada então, era ainda mais humilhante. Ela já estava passando mal, e sabia que não deveria ter esperado nada de Alfredo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...