Esse gesto carregava mais significado do que qualquer palavra poderia expressar, fazendo Delfina sentir-se inexplicavelmente envergonhada.
Ela passou por ele e voltou correndo para o salão de festas.
Depois de um tempo, enquanto brincava com algumas crianças, ela ouviu vários "caracas" atrás de si.
Quando ela se virou e viu Alfredo, ficou surpresa.
Ele vestiu um traje de príncipe branco, e suas pernas longas chamavam atenção de forma exagerada. O corte acinturado destacava a linha esguia e firme da cintura, enquanto acima se erguiam os ombros largos e bem definidos.
Assim que ele entrou, várias meninas começaram a gritar animadamente, correndo em sua direção.
Uma das meninas parou abruptamente de querer ser uma policial coelhinha favorita e declarou com autoridade: "Eu quero que você seja o meu príncipe."
Alfredo, satisfeito, se acomodou no sofá: "Vai sonhando."
Os meninos, forçados a se agachar como anõezinhos, olhavam com desgosto para ele, cercados de atenção: "As meninas de hoje em dia são muito hipócritas, não são?"
Rodrigo sentiu um desconforto no peito: "Que irônico, nós imploramos e ele recusou. Agora ele se veste assim por conta própria."
O aniversário teve convidados que eram amigos íntimos e colegas de classe da garota, bem como várias crianças de famílias tradicionais. O local estava tão animado quanto um parque de diversões.
A atenção das crianças, volátil como sempre, logo se voltou para o bolo quando ele foi trazido.
Delfina finalmente teve um momento de paz e se sentou longe de Alfredo no sofá.
Ela bebeu uma taça de champanhe e comeu um pedaço de bolo de rolo. Seus olhos inadvertidamente encontraram os de Alfredo.
Ele apoiava o queixo na mão, em uma postura relaxada, e não se sabia há quanto tempo estava observando-a daquele jeito.
"Está olhando o quê?"
Alfredo, com um sorriso nos lábios e uma voz cheia de humor indisfarçável e óbvio atrevimento, respondeu: "Observando a princesa."
Delfina achou que era uma zombaria: "Há princesas em toda parte, não sou a única."
"É mesmo?" - A resposta de Alfredo foi visivelmente desinteressada, mas seu olhar permaneceu intensamente voltado para ela.
A sensação desconfortável não diminuiu quando ela saiu do vestiário.
Uma funcionária do hotel passou por ela e perguntou: "Senhorita, está tudo bem?"
Delfina não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que precisava ir para casa imediatamente.
"Por favor, me leve para fora."
"Venha comigo, a saída é por aqui."
Ela estava ficando cada vez mais tonta, seguindo a funcionária até um elevador, onde ela apertou o botão.
Delfina então olhou para ele.
A funcionária se virou para olhá-la, oferecendo um sorriso amigável.
Naquele momento, um alarme disparou dentro de Delfina.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...