Ardente Como O Sol romance Capítulo 69

Glória se inclinava sobre a beira da cama, vomitando incessavelmente, e num gesto impulsivo, pegou um caroço de maçã do lixo e atirou nela: "Cala a boca."

A cuidadora limpou rapidamente o vômito, enquanto Delfina lavava uma toalha para limpar o rosto de Glória.

"É sério! Chefinha, dê uma olhada nisso." - Carla levantou o celular na frente do rosto de Delfina: "Não deixaram seu irmão bem charmoso nas fotos? E essa Sra. Cunhal, também é muito bonita."

Delfina foi forçada a olhar e assentiu com a cabeça: "Sim, está muito boa."

Glória apontou para Carla, tentando achar uma maneira de xingá-la, mas ficou sem palavras momentaneamente.

Ao vê-la nesse estado deplorável, Delfina acabou rindo: "Não se preocupe, vamos considerar isso uma terapia de dessensibilização."

A dessensibilização foi um processo lento e longo, e ela percebeu que não se sentia mais tão triste quanto no início.

Desapegar-se do vício e do apego a Thales foi como ser despida e desossada, mas também foi estranhamente fácil.

Por falta de opção, ela não tinha outra escolha.

Ela só tinha visto Thales nos jantares de fim de semana na casa da Família Dantas, onde ele perguntava casualmente sobre as novidades da Neve Voadora, e ela respondia - essa era toda a interação deles.

"Que terapia de dessensibilização?" - Carla perguntou ingenuamente, se aproximando: "Você é alérgica a quê?"

Delfina respondeu com seriedade: "Sou um pouco alérgica a você."

Carla: "..."

A avó de Adélia, já idosa e com a saúde debilitada, não os acompanhou de volta a São Paulo, permanecendo no Rio de Janeiro, onde o clima é mais ameno, para repousar e se recuperar.

Depois que o casamento foi marcado, Thales a acompanhou ao Rio de Janeiro para conhecer os membros mais velhos da família.

A irmã de Rodrigo estava completando oito anos e a Família Silveira, que teve uma filha depois de muitos anos, mimou a caçula ao máximo, reservando um salão de festas de um hotel para comemorar seu aniversário.

A festa teve um tema infantil e, para agradar as crianças, todo o salão foi decorado como um castelo da Disney.

A irmã mais nova de Rodrigo se vestiu como sua personagem favorita, a policial Juddy, enquanto Rodrigo, um pouco irritado, usou uma tiara de raposa e uma cauda, e foi alvo de piadas por toda parte.

"Isso é um desrespeito à infância." - Alguns amigos zombavam enquanto tiravam fotos sem parar.

Rodrigo os agarrou: "A amiga dela insistiu em ser a Branca de Neve, e está preocupada porque ninguém quer fazer os anões. Vão, vão, vão, as fantasias já estão prontas pra vocês."

Bem... Tudo bem.

Quem poderia resistir a esses olhos e elogios?

Os organizadores da festa se esforçaram muito, fornecendo fantasias para crianças e adultos, e o camarim estava equipado com maquiadores e cabeleireiros profissionais.

Delfina também não escapou, sendo levada para vestir a fantasia da princesa Elsa.

A cabeleireira ia colocar uma peruca nela, mas depois de analisá-la, ela desistiu: "Ah, não importa, seu cabelo é tão bonito, melhor não usar essa peruca de baixa qualidade."

Então ela fez a mesma trança que caía sobre seu ombro esquerdo.

Quando Delfina saiu do camarim e voltou para o salão, teve de levantar um pouco a bainha de seu vestido longo, olhando para baixo enquanto caminhava.

De repente, ela viu um par de sapatos masculinos em seu campo de visão, parou abruptamente e, ao dar um passo para trás, levantou a cabeça.

Alfredo baixou a cabeça, com o olhar vagarosamente percorrendo-a de cima a baixo, e então, de baixo para cima novamente.

Por fim, seu olhar fixou-se no rosto dela, lentamente, levantando uma sobrancelha.

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