Na sala, Rodrigo ainda estava reclamando com Alfredo: "Olha só você, viu aquele idiota importunando a irmãzinha e nem se mexeu para ajudar. Você chamou dois marinheiros, mas eles mantiveram a boca fechada? Agora o barco inteiro já sabe da história, e a irmãzinha, que é tão reservada, deve estar se sentindo péssima."
"Essa sua cabeça…" - disse Edmar: "Você não sabe o quanto Xander odeia Alfredo? Tudo o que tem a ver com Alfredo, ele quer roubar. Talvez ele perdesse o interesse na irmãzinha em alguns dias, mas se ele visse Alfredo defendendo-a, ele não desistiria até conseguir o que queria, mesmo que tivesse que recorrer às drogas ou ao sequestro."
"É, você tem razão." - Rodrigo brincou: "Xander, nessa vida, só tem um verdadeiro amor: o Sr. Alfredo."
Alfredo revirou os olhos com desdém: "Se você quer tanto ficar com ele, é só dizer que eu lhe dou um empurrão e vocês podem voar juntos."
"Ele não dá a mínima para mim, o que posso fazer?" - Rodrigo disse, balançando as pernas com alegria maliciosa: "É melhor você manter distância da irmãzinha de agora em diante. Para evitar que esse animal a incomode novamente."
Alfredo deu de ombros com indiferença, brincando com um baralho de cartas que havia pegado sabe-se lá de onde.
O iate ancorou ao anoitecer, com as nuvens tingidas de um gradiente de rosa e laranja pelo sol poente e o mar permanecendo em um azul profundo.
Adélia entrou no carro de Thales, que fechou a porta do passageiro e olhou para ela.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Delfina prontamente falou: "Você pode levar a Sra. Cunhal. Eu vou com Rodrigo e os outros."
Thales a aconselhou: "Descanse bem quando chegar em casa, e se a febre não passar, não esqueça de tomar o remédio."
Delfina assentiu, observando o carro deles se afastar.
O Koenigsegg de Alfredo estava estacionado ao lado dele, com Rodrigo logo atrás.
Caminhando em direção ao carro de Rodrigo, Delfina passou pelo Koenigsegg quando a janela se abriu e Alfredo disse: "Entre. Eu levo você."
Delfina hesitou por um momento, mas respondeu educadamente: "Não precisa, Alfredo. Não é o caminho."
Ela morava na Rua Jardim Azul, e ele, em uma área mais remota.
Dito isso, ela continuou caminhando.
Ainda estava muito frio depois da noite passada.
Com o braço apoiado na janela e o dedo indicador na têmpora, Alfredo a observou entrar no carro de Rodrigo pelo espelho retrovisor antes de dar a partida.
"Ah, Alfredo!" - Beatriz parou para conversar, sorrindo para ele.
Alfredo respondeu preguiçosamente, com seu olhar passando brevemente por Delfina, que estava ao lado dela.
Delfina apenas o cumprimentou educadamente como "Alfredo", depois se virou para olhar a rua, esperando. Quando Beatriz terminou de falar, elas entraram juntas no carro e partiram.
A aliança entre a Famílias Cunhal e a Família Dantas tornou-se o evento mais comentado no círculo da alta sociedade de São Paulo. Assim que a notícia vazou, os jornais e revistas não pararam de escrever sobre o assunto. Todos os dias, repórteres se revezavam na entrada da mansão da Família Dantas e na residência particular de Thales, na esperança de capturar algum detalhe.
As longas lentes dos paparazzi conseguiram capturar uma cena através de uma janela: uma jovem bela e radiante abraçava a cintura de um homem, erguendo-se levemente nas pontas dos pés.
A silhueta esguia do homem estava parcialmente escondida atrás de uma cortina translúcida. Seu rosto não podia ser visto, mas apenas a sombra de sua figura e o contorno de seu queixo eram suficientes para despertar a imaginação.
A foto se espalhou por todos os principais meios de comunicação no dia seguinte.
Carla se deliciou com a fofoca, atualizando as notícias e comentando com entusiasmo: "Nossa, que foto atmosférica! Combina demais, combina demais!"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...