Ardente Como O Sol romance Capítulo 50

Rodrigo perguntou: "Para que você quer o WhatsApp do Alfredo?"

Delfina inventou uma desculpa meio verdadeira, meio mentirosa: "Da última vez que comemos no Hotel Estrela Luz, ele esqueceu a camisa, eu só queria devolvê-la."

Rodrigo sabia do encontro no Hotel Estrela Luz, mas não se importava: "Jogue-a fora. As roupas do Alfredo são descartáveis, ele nunca as usa uma segunda vez."

Jogá-la fora era uma opção, mas ela não queria facilitar as coisas para esse primo distante do sapo.

Delfina disse: "Não seria legal da minha parte. É melhor que ele mesmo decida o que fazer."

Rodrigo então encaminhou os detalhes do contato de Alfredo: "Já falei com ele. É só chamar diretamente."

A foto do perfil de Alfredo era de um mar, água clara e cintilante. Como as praias da Região dos Lagos, um azul puro e cristalino.

Completamente diferente do que ele aparentava ser.

A mensagem de Delfina foi recebida imediatamente.

[Alfredo, lavei sua camisa… como faço para devolver?]

Alfredo respondeu de forma sucinta: [Traga aqui]

Delfina: [Então amanhã de manhã eu levo no seu escritório]

Alfredo: [Querendo criar fofoca comigo, é? Precisa que eu organize uma coletiva de imprensa e compre alguns espaços na mídia para anunciar ao mundo?]

Quantas mulheres já não devem ter se atirado nele para que reagisse assim tão sensível.

Delfina teve que dizer: [Então eu levo na sua casa, onde é?]

Alfredo mandou a localização: [Traga um bolo]

Pelo jeito, ele queria que ela fosse agora.

Ela não tinha muito do que reclamar, afinal, ele tinha ajudado bastante na última vez. Delfina não conhecia o gosto dele, mas pareceu que ele gostava de bolo de martírio, então ela comprou um em uma loja no caminho.

"Ah." Ela ficou parada no ar, sem saber se sentava ou ficava de pé.

Quando ela estava prestes a sair, o Doberman contornou a mesa de centro e se sentou ao lado dela.

O cão a olhou com uma expressão séria e imponente, sem se mover.

Delfina tentou manter a calma, lembrando a si mesma que os cães domésticos geralmente são bem treinados e não mordem sem motivo.

Mas ainda era difícil ter certeza, afinal, se até o próprio Alfredo... Se nem mesmo o dono era confiável, que tipo de cachorro ele teria?

Ela ficou encarando o doberman, que a olhava de volta; por um momento, era um duelo silencioso entre os dois. Ela foi a primeira a fraquejar.

Quando estava prestes a desviar o olhar, o cão se aproximou, cheirou-a com o focinho e, de repente, lambeu sua mão.

"Ah!" - Delfina quase pulou de susto e, num reflexo, deu um passo rápido em direção a Alfredo.

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