Ardente Como O Sol romance Capítulo 49

Naquele dia, ao final do banquete, Beatriz presenteou Adélia com um conjunto de joias extremamente valioso como um presente de boas-vindas.

Uma esmeralda em forma de gota estava engastada em um colar de diamantes, brilhando intensamente, acompanhada de um anel e brincos combinando, cada peça valendo milhões.

Delfina tinha visto esse conjunto nas fotos do casamento de Irineu e dela - era o que ela usava quando se casou.

"Esse foi o presente que a avó de Thales me deu quando me casei com ele. Agora, finalmente, posso passá-lo para você."

O fato de Beatriz ter dado o tesouro da família para Adélia antes mesmo do noivado oficial mostrou sua aprovação e estima pela futura nora.

A Família Cunhal ficou surpresa, e Adélia, sentindo-se extremamente especial, levantou-se e abraçou Beatriz, sorrateiramente: "Tia, você me mima demais! Posso começar a chamá-la de mamãe agora, ou seria demais?"

Beatriz quase se desfez em um sorriso.

Sabrina, rindo, repreendeu: "Menina, você não tem vergonha?"

"Vergonha de quê? Estou é feliz da vida!" - disse Adélia, tirando o colar que já usava: "Esse colar é lindo! Thales, você me ajuda a colocar?"

Thales pegou o colar e o colocou nela.

A felicidade de Adélia era evidente, seus olhos brilhavam como estrelas, e as pessoas mais velhas a olhavam com satisfação.

Delfina, do outro lado da mesa, sentiu-se como se estivesse assistindo a uma peça de felicidade que não lhe dizia respeito, sob os holofotes.

Beatriz e Sabrina não paravam de elogiar Adélia sobre como as joias ficavam bem nela, e ela fez questão de perguntar a Delfina também: "Fina, está bonito?"

Delfina respondeu: "Lindo."

Os olhos de Adélia brilharam: "Se você diz que está, então está mesmo."

Talvez o fato de testemunhar a felicidade de uma rival tenha feito tudo parecer ainda mais doce.

Delfina achou que deveria ter dito que não estava bonito, só para irritá-la um pouco.

Ao vê-las tão próximas, Sabrina achou que elas eram íntimas: "Vocês duas se dão muito bem."

"Temos a mesma idade." - disse Adélia: "Por isso temos muito em comum."

Delfina não achava que tinham tanto em comum assim.

Suas vidas eram completamente diferentes, vivendo em épocas distintas de São Paulo. Adélia tinha o amor dos pais que Delfina nunca conheceu, e o medo de ser abandonada, algo que Adélia nunca teve de enfrentar.

"Não sou tão estranha assim." - Delfina se sentiu entorpecida pela situação, mas logo aceitaria se ver como uma azarão.

"Então, vou lavar e devolver pra você."

No carro de volta para casa, Beatriz observou as roupas dramaticamente alteradas de Delfina, que em nada lembravam o vestido de alta costura original.

"Como você conseguiu isso em tão pouco tempo?"

"Emprestado." - respondeu ela, evasiva.

"Se fosse uma refeição comum, tudo bem, mas hoje foi especial, então me desculpe pelo inconveniente" - disse Irineu, com um tom apologético.

"Não tem problema." - Delfina respondeu com serenidade: "O importante é que o clima do evento não foi afetado."

"Você e a Adélia têm gostos parecidos. Que coincidência acabarem vestidas iguais."

Delfina sorriu, mas não disse nada.

Quando ela voltou, mandou a camisa do Alfredo para a lavanderia. Ela até pensou em pedir o número do WhatsApp do Thales, mas decidiu falar com Rodrigo.

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