— O Catarino teve intoxicação alimentar... — Os olhos de Karina se encheram de lágrimas, mas de repente se lembrou de que ele não conhecia Catarino. — Catarino é meu irmão!
Ademir ficou surpreso. Era a primeira vez que ele ouvia falar da família de Karina. Então ela tinha um irmão.
— Eu vou com você!
— Não...
— Como assim "não"? — Karina estava prestes a recusar, mas Ademir a interrompeu. — A essa hora, é impossível conseguir um carro na Mansão da família Barbosa! Vamos!
Ademir pegou sua mão e disse:
— Você não está preocupada com seu irmão?
Não havia tempo a perder, e no fim Karina acabou entrando no carro com Ademir.
— Me sinto muito mal por isso, tão tarde assim... Estou atrapalhando seu descanso.
Ademir lançou um olhar para ela e respondeu:
— Não diga isso, você já me ajudou tanto. Se eu não te ajudar agora, ainda posso ser considerado humano?
— Obrigada.
Karina só conseguiu agradecer.
...
Catarino foi levado para um hospital próximo a uma clínica.
Quando Karina chegou, a sala de emergência estava um caos.
— Doutor, eu sou a irmã do Catarino!
O médico disse:
— Até que enfim você chegou! O paciente tem autismo, não consegue cooperar com a lavagem gástrica, então teremos que realizar uma intubação anestésica! Vá assinar os papéis!
As pernas de Karina ficaram bambas ao ouvir aquilo.
Embora Karina fosse médica, quando se tratava de Catarino, ela não conseguia ser completamente profissional.
— Karina! — Ademir a segurou a tempo, impedindo que ela desabasse no chão.
Ademir não aguentava vê-la daquele jeito. Meio abraçando ela, ele a levou até um banco e disse:
— Espere aqui.
Karina ficou atônita.
Quando olhou de novo, Ademir já estava conversando com o médico.
— Onde assino?
O médico perguntou:
— Quem é você? Não é qualquer um que pode assinar, isso tem implicações legais.
— Eu sou o marido da irmã dele. Reconhecido pela lei, é oficial.
Com um olhar firme, Ademir estendeu a mão:
— Pode me dar?
— Posso sim!
"Sem outra saída?"
Ademir franziu as sobrancelhas.
"O que a deixou sem escolha? Deve ter sido aquele homem que a machucou. Karina tem um irmão para sustentar e foi abandonada, por isso ela disse isso."
De repente, uma onda de raiva tomou conta de Ademir, e ele sentiu uma forte vontade de encontrar esse homem e se vingar.
Olhando fixamente para Karina, Ademir se perguntou: "Será que ela ainda pensa naquele homem?"
Enquanto isso, na sala de emergência, Catarino já havia terminado a lavagem gástrica e sido levado para o quarto.
Catarino tinha comido cogumelos venenosos. Várias pessoas na clínica sofreram de intoxicação alimentar, incluindo alguns funcionários.
Embora a situação parecesse grave, as consequências não foram tão sérias. Depois da lavagem gástrica, seu estado se estabilizou.
Karina estava ao lado da cama, e quando estava quase adormecendo, foi pega de surpresa por Ademir, que a ergueu nos braços.
— Ademir.
Ademir ficou um pouco atordoado, seu coração disparando.
Na sua memória, era a primeira vez que Karina dizia seu nome com aquela voz tão suave, fazendo ele sentir uma proximidade maior.
Com um leve sorriso, Ademir sussurrou:
— Vá dormir no sofá. Eu cuido do Catarino.
— Não...
No momento em que Karina começou a recusar, seus lábios foram selados pelos dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
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