Patrícia segurou o braço de Filipe, assustada e incerta, e disse:
— O que você está fazendo?
— O que foi? — Filipe não viu nada de errado. — Chamei ela para cuidar de você. Já que você não quer os cuidados dela, é natural que ela seja dispensada.
Falava como se fosse algo banal.
— Se ela não for boa o bastante, troco por outra empregada melhor.
— Não! — Patrícia ficou assustada com a calma dele.
"É um assunto entre nós dois, por que demitir uma empregada? Esse homem é assustador demais! Ele claramente sabe de tudo, mas consegue se manter sereno... E me controla."
Patrícia não tinha como lutar contra aquilo.
— Eu como, eu como.
Ela não queria ser a razão de Keila perder o emprego.
— Está com vontade de comer? — Filipe disse ainda com aquele tom calmo. — Então prove a comida da Keila e veja se você gosta.
— Tá bom.
E a verdade era que Keila cozinhava muito bem.
Apesar de os pratos serem todos leves, estavam tão bem preparados que despertavam o apetite. A quantidade também era ideal, nem de mais nem de menos.
Patrícia não voltou a conversar com ele. Com fome, acabou comendo bastante.
— Já chega, não pode comer mais.
Filipe viu que ela já tinha comido o suficiente e a impediu.
— Pelo visto, a Keila cozinha muito bem mesmo, mas você não pode exagerar. — Ele se lembrou de que, quando ela teve alta, o médico foi bem claro: nada de excessos. — Não se preocupe, a Keila vai cozinhar para você todos os dias. Você vai poder comer sempre.
Patrícia pousou os talheres e pegou o guardanapo para limpar a boca.
Aquela consideração toda despertou a curiosidade dela. Olhando para ele, perguntou:
— Você não ficou com a Zara porque ela se cansou de você, né?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...