— Eu? — Karina ficou chocada, não entendendo o que ele queria dizer.
— Sim. — Ademir levantou o queixo e apontou para o leito de Catarino. — Você sabe, quando estava consolando a Catarino, parecia que uma luz a envolvia. Era como se, no futuro, você fosse uma ótima mãe.
Enquanto falava, seus olhos caíram sobre a barriga dela.
Embora Ademir tivesse falado de forma casual, Karina ouviu com muita atenção.
Ela ficou parada, pensando... Uma boa mãe?
Se fosse pensar bem, Ademir sempre foi muito gentil com essa criança.
Ele parecia nunca tê-la rejeitado, nunca expressado desgosto.
Por quê?
Era porque ele foi educado dessa forma desde pequeno, ou seria essa uma influência mágica vinda do sangue?
Os dois continuaram a caminhar, e Karina, de repente, fez uma pergunta:
— Se, eu digo se, você se casasse com alguém grávida, mas não fosse eu, você também a aceitaria? E cuidaria da criança...
O quê?
Ademir parou de repente.
— Você sabe o que está perguntando?
Karina foi devagar entendendo.
O que ela quis dizer parecia estar perguntando a ele se, para ele, Karina era especial!
— Não era isso... — Karina não sabia o que dizer.
O que ela queria saber era, se a criança não fosse dele, será que essa influência vinda do sangue não existiria mais?
Mas como explicar isso?
— Não fique nervosa, eu posso responder. — Ademir, claramente tendo entendido errado, sorriu. — Aceitar ou não a criança depende de eu aceitar a mãe da criança.
Com calma, estendeu o braço e segurou a mão de Karina:
— Porque é você, eu aceito a criança. Você entendeu isso?
Karina ficou em choque.
A resposta dele foi uma resposta... Sem resposta.
Então, ele soltou sua mão e, como se não tivesse acontecido nada, continuou:
— Vamos, logo todo mundo vai sair do trabalho, vai ficar congestionado na estrada.
— Tá bom.
Ademir olhou para sua mão vazia e, com um sorriso amargo, se questionou: a Karina não acreditava nas palavras dele?
— Que tipo de pergunta é essa?
Ademir não entendia. Qual era a reação dela?
Karina estava assim...?
Ademir ficou mais sério.
— Karina, seja mais responsável, responda direito!
— Está bem, vou responder direito. — Karina parou de sorrir. — Alguns dias atrás, eu fui um pouco exagerada, minha atitude foi errada. Eu te peço desculpas, foi mal.
— Karina... — Ademir ficou ainda mais confuso. Por que ela estava pedindo desculpas de repente?
— Embora o nosso casamento tenha começado por obrigação, no final ele realmente acabou. — Karina sorriu levemente. — Eu admito, ainda tenho ressentimentos. Afinal, eu também investi meu tempo e minha energia.
Os olhos de Ademir se arregalaram instantaneamente.
"Ela falou em ressentimentos?"
Ou seja, Karina também não queria que tudo tivesse acabado...
— Karina, nós...
— Deixa eu terminar, tá bem?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...