Ademir respondeu com dificuldade.
Na verdade, ele não queria admitir, pois achava que Karina estava se equivocando...
De fato, assim que ele assentiu, Karina sorriu:
— Claro, a Vitória está ocupada e não é conveniente, você deveria cuidar disso.
— Karina... — Ademir sentiu uma dor no peito.
Embora sua voz fosse suave e sua expressão tranquila, ele ainda achava que as palavras dela eram cruéis!
— O que houve? — Karina esperou um momento e, vendo que ele não dizia nada, apontou para o quarto. — Se não for nada, eu vou ficar com o Catarino.
— Karina! — Ademir de repente segurou o pulso dela. Sua expressão estava confusa e cheia de vergonha, mas também com um toque de ressentimento. — Eu não sabia que você e o Catarino estavam aqui, senão eu não teria ficado indiferente.
Após ouvir isso, Karina deu um suspiro profundo:
— Eu sei, não se desculpe, nem sinta que tem algo a ver comigo. Eu não te contei de propósito.
Ademir ficou sem palavras.
Então, ouviu Karina continuar:
— Você se concentra em cuidar deles. Quanto ao Catarino, eu fico com ele. Não se preocupe, mesmo com a barriga grande, não sou fraca.
Ela então sorriu, sua voz suave e melodiosa:
— Desde pequena, eu sempre cuidei de mim e do meu irmão, não é um problema.
— Você não está irritada? — Ademir a encarou, incerto.
— Não. — Karina sorriu.
Ela não estava mentindo, realmente não estava irritada.
Ademir percebeu isso, viu que ela não estava zangada, e acreditou.
Karina, ao contrário do que acontecia antes, agora estava muito mais tranquila, mais suave...
Mas, estranhamente, ele não se sentiu melhor por isso.
Ao contrário, sentia um medo, uma sensação de não saber o que fazer...
Ademir engoliu em seco:
— Tem algo mais que eu precise fazer? Posso ajudar...
— Não precisa. — Karina sorriu e o deteve. — Já está tudo resolvido. Sou médica aqui no hospital, é só um procedimento de internação, o processo eu conheço melhor que você.
— Então... — Ademir olhou para o relógio. — Você vai embora mais tarde?
Catarino piscou os olhos, pensando que a irmã ainda estava dizendo que ele não era inútil.
— Mas... — Karina sorriu de maneira doce, mas com um toque de firmeza. — Não acha, Catarino, que alguém que, apesar do medo, escolhe ajudar os outros é, na verdade, muito legal? Muito corajoso?
Catarino ficou em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras de sua irmã, até que começou a entender.
Seu sorriso se abriu lentamente.
— Irmã, agora entendi! O Catarino é muito legal, muito corajoso!
— Isso mesmo.
Os dois irmãos se entrelaçaram as mãos e trocaram sorrisos.
Do lado de fora, Ademir os observava em silêncio, também sorrindo.
Quando Karina e Catarino saíram, o sorriso de Ademir ainda não havia se dissipado completamente.
Karina o olhou de relance e perguntou:
— O que foi? Algo engraçado? Por que está sorrindo?
Ademir olhou ela com seriedade e respondeu:
— Você.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...