Elodie caiu no chão, incapaz de se levantar. Metade de seu rosto estava vermelho e inchado, mostrando todos os sinais de ter sido espancada.
Ariela também se deitou no chão, sentindo uma dor aguda na parte inferior do abdômen. Enquanto Elodie ainda conseguia olhar para Vitorino e fazer uma demonstração de que estava sentindo dor, Ariela estava com tanta dor que suas feições estavam contorcidas e ela mal conseguia emitir um som.
Tina correu para ajudar Ariela.
Vitorino passou alguns segundos com seu olhar alternando entre as duas mulheres, finalmente decidindo por Elodie.
"Você consegue se levantar?"
Elodie começou a chorar, com lágrimas escorrendo sem parar.
"Vitorino, por favor, não culpe a Sra. Machado, eu sei que ela não fez de propósito. Eu também não quis ofendê-la, apesar de ela ter me batido, eu não guardo rancor..."
Ao ouvir as bobagens de Elodie, Tina ficou furiosa a ponto de sair fumaça de suas narinas.
"É sério, você sabe muito bem quem bateu. Provocar os homens e acabar levando uma surra, isso é muito baixo."
Tina mal podia esperar para dar um chute naquela mulher.
"Você tem coragem de dizer que não foi você quem empurrou a Ariela?"
Ariela fez um esforço tremendo para segurar o braço de Tina, balançando a cabeça com dificuldade para sinalizar que ela não deveria entrar em conflito com Elodie.
Ela estava sentindo muita dor, como se alguém estivesse torcendo uma faca em seu abdômen.
Vitorino, então, pegou Elodie nos braços, enquanto Corina observava tudo em silêncio ao lado delas.
"Corina, você estava aqui, não é?"
Corina, surpresa por ser perguntada diretamente por Vitorino, quase pulou de susto.
Ela sabia exatamente como os dois haviam caído da escada.
"Sim, eu estava..."
O coração de Corina se acelerou.
Mas ela tinha visto as câmeras de segurança, e aquele ponto em particular era um ponto cego; mesmo que eles o revissem, não seriam capazes de ver claramente o que tinha acontecido.
"Você viu quem empurrou?"
Por um momento, Corina ficou sem palavras.
Na frente de Vitorino, ela não tinha coragem de mentir, mas também não podia admitir que tinha feito isso.
"Vitorino, você se atreve a sair com essa mulher hoje! Saiba que a que está deitada no chão é sua esposa."
Tina se levantou furiosa, enquanto Ariela, com lágrimas nos olhos, a abraçava com força.
"Vitorino, eu realmente estou sentindo muita dor."
Abraçando o pescoço dele, sob os olhares de todos, Vitorino saiu carregando Elodie, sem mostrar nenhum remorso por deixar Ariela para trás.
"Vitorino, seu desgraçado..."
Tina queria persegui-los, mas não podia deixar Ariela para trás. Felizmente, Henrique chegou e as encontrou.
"Rápido, temos que levar Ariela para o hospital, ou será tarde demais."
Tina mal conseguia ver o sangue que escorria das pernas de Ariela.
Vitorino e Elodie, essas duas pessoas desumanas, piores que animais.
Todos assistiam sem entender a cena patética, com a Sra. Machado fazendo uma entrada deslumbrante e uma saída miserável.
Não era à toa que Vitorino sempre escondia o fato de ser casado; no fundo, ele nunca valorizou a família Sampaio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...