"Querida Ariela, não chore. O que aconteceu?"
Tina iniciou uma chamada de vídeo com Ariela.
Havia apenas alguns dias que não se viam, mas Ariela parecia mais forte fisicamente, embora seu rosto estivesse visivelmente mais magro.
Vendo-a assim, Tina sentiu uma grande tristeza no coração.
"Tina, acho que vou incomodá-la por um tempo."
Ariela estava chorando, lembrando-se do recente incidente que quase terminou em violência.
"Que história é essa de incomodar? Se você quiser vir, venha. Meu apartamento tem bastante espaço e, além disso, você me faria companhia para uma conversa."
Tina sentiu seu coração apertar ao vê-la tão triste.
"E como o bebê está? O Vitorino, aquele desgraçado descobriu?"
Ariela balançou a cabeça.
"Ele não quer saber sobre mim."
Mesmo que se soubesse, ele provavelmente fingiria que não se importava.
Elodie estava grávida, a favorita de Vitorino, como diziam as notícias, valorizada por sua maternidade, toda a atenção de Vitorino estava voltada para ela agora.
"Já é tarde, quer que eu vá te buscar?"
Tina estava realmente preocupada.
Ariela sorriu levemente.
"Não precisa, eu pego um táxi e já chego aí."
Tina percebeu que Ariela só poderia estar ligando tão tarde porque Vitorino certamente havia saído para se encontrar com aquela mulher sem vergonha novamente.
"O Vitorino foi atrás daquela sem-vergonha de novo? Não sei que poção mágica Elodie deu a ele. Quando se trata de aparência, ela não chega nem perto. Ele só pode ser cego para ficar perto de Elodie o tempo todo. Se você soubesse que esse homem não era bom desde o início, o teria deixado se defender sozinho. Por que salvá-lo? Para salvar um ingrato desses. Deixar sua própria esposa grávida para trás para perseguir outra?"
Tina praguejou furiosamente, enquanto Ariela sentiu que já não se importava tanto.
Desde o dia em que se envolveu com Vitorino, ela deveria saber que poderia ser expulsa a qualquer momento.
Só veio mais rápido do que esperava.
Três anos.
Helena, sem conseguir se conter, começou a chorar.
"Sr. Machado, a nossa Elodie só é sincera com o senhor, como pode tratá-la assim? Lembra quando o senhor sofreu aquele acidente de carro e foi parar no hospital? Ela doou metade do sangue do próprio corpo, quase morrendo na mesa de cirurgia para salvá-lo. Por que o senhor pode ser tão cruel com ela?"
Dario estava furioso.
"Não fale mais nada. Nossa filha ficou cega. Sr. Machado, Elodie não suporta sua 'generosidade', por favor, deixe-a em paz."
Vitorino ficou um pouco emocionado.
Ele ainda se lembrou da primeira pessoa que viu quando havia acordada da cirurgia: Elodie.
Ela havia salvado sua vida, e ele nunca se esqueceria disso.
"Sr. Machado, Elodie está grávida, o senhor não pode negar isso. Se o senhor não reconhecer, como ela vai se casar depois?"
Helena chorou com pena.
Uma enfermeira se aproximou para lembrá-los.
"Este é um hospital, a pessoa não morreu, não há necessidade de chorar assim. Se quiserem discutir o assunto, façam isso lá fora."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...