No entanto, naquele momento, Ariela havia desistido completamente de resistir, deixando-o derrubá-la sem impedimentos, e mesmo quando ele começou a despir sua roupa, ela não se opôs.
Talvez estivesse acostumado com sua desobediência habitual, sua submissão dessa vez tirou um pouco do prazer de Vitorino.
Ariela estava excessivamente quieta e, enquanto Vitorino tirava suas roupas e a colocava sob ele, não importava o quanto ele a provocasse, ela simplesmente obedecia.
Quando ele a beijava, ela apenas permitia que ele forçasse o caminho entre seus lábios.
Vitorino achava que ela estava pronta para aceitá-lo, mas, infelizmente, a resposta de Ariela era apenas uma necessidade física instintiva.
"Sra. Machado, você realmente pretende me dar o tratamento do silêncio, de corpo e alma?"
Ela ficou ali deitada, como um corpo sem vida, deixando-se manipular, e Vitorino não estava nada feliz com essa interação de baixa qualidade.
Ariela fechou os olhos suavemente, desejando se igualar a ele.
Em sua mente, havia apenas imagens dele e de Elodie em momentos íntimos.
Ela não estava dando a ele o tratamento de silêncio; seu coração havia se acalmado completamente.
A falta de resposta de Ariela apenas inflamou a raiva de Vitorino.
Ela sentiu o peso sobre si ser abruptamente removido, e embora seu corpo se sentisse mais leve, seu coração esvaziou-se com isso.
"Você acha que pode desafiar meus limites dessa maneira agora?"
Será que todas as mulheres que se aproximavam dele desejavam lentamente superá-lo? A gratidão pela vida salva por Elodie fez com que ele ignorasse suas ações, resultando em mimá-la demais.
Ariela pensou o mesmo, será que ela realmente acreditava que ele não conseguiria viver sem ela?
"Acho que você é sujo."
A resposta fria de Ariela veio.
Os olhos escuros de Vitorino congelaram instantaneamente, sua expressão severa escondendo uma tempestade fervente, e seus lábios finos estavam cobertos de gelo, emanando uma frieza gelada.
Suas veias se dilataram, pulsando com a vontade de estrangulá-la naquele exato momento.
O toque do celular quebrou a tensão entre eles, permitindo que Vitorino suprimisse temporariamente suas emoções.
O fato de Corina ligar no meio da noite certamente significava uma emergência.
Era uma oportunidade para Vitorino amenizar o conflito entre ele e Ariela.
O senhor havia instruído para não deixar a senhora sair à noite novamente.
"Não estou saindo, estou indo embora para não voltar. Juliana, obrigada pela sua assistência todos esses anos."
O carro que ela chamou já estava esperando lá embaixo. Ela ligou para Tina, querendo ficar com ela temporariamente.
Tina prontamente concordou.
O rosto de Ariela estava molhado, indistinguível entre lágrimas e chuva.
Juliana observou, impotente, o carro de Ariela desaparecer na névoa da chuva.
Ela tentou ligar para Vitorino, mas o celular dele estava fora de serviço, impossível de ser contatado.
Ariela então ligou para Tina.
"Ariela..."
Ao ouvir a voz de Tina, as lágrimas que Ariela estava segurando há tanto tempo finalmente caíram.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...