Ao ver Juliana ainda segurando a jaqueta que ele havia usado, Vitorino disse friamente: "Juliana, as palavras da senhora não têm mais valor? Livre-se dessa roupa imediatamente".
Corina e Juliana ficaram chocadas ao mesmo tempo.
Juliana prontamente respondeu "Sim" e correu para levar o paletó para o lixo do lado de fora da mansão.
Corina permaneceu imóvel, como se estivesse petrificada.
Será que ela havia entendido errado? Será que o Sr. Machado estava defendendo Ariela?
Enquanto Vitorino subia as escadas, seus passos eram pesados, mas se tornaram mais leves à medida que ele se aproximava do quarto principal.
Quando chegou à porta, hesitou com a mão na maçaneta.
Elodie o visitara. Elas haviam se encontrado?
O que Ariela estava pensando ou fazendo naquele momento?
O que ele enfrentaria quando entrasse: as reprimendas dela ou outra tentativa de pedir o divórcio?
Vitorino nunca havia realmente levado em consideração os sentimentos de Ariela.
Para ele, Ariela era apenas um objeto, uma mercadoria para suas noites solitárias e nada mais.
A ansiedade o atingiu ao pensar em abrir a porta.
Depois de pensar um pouco, ele decidiu entrar.
Ariela estava ajoelhada no chão, cercada por caixas de roupas.
Ela as estava passando e dobrando cuidadosamente.
Nos últimos dias, a forte nevasca havia dado lugar a um céu claro e ensolarado.
O último raio de sol do dia entrava pela janela, banhando Ariela em uma luz vermelha, como se ela fosse a protagonista de uma bela pintura a óleo.
O olhar de Vitorino percorria as curvas do corpo de Ariela, e seus olhos âmbar escureciam gradualmente. Sua voz era rouca quando finalmente falou.
"O que você está fazendo?"
Sua voz grave e magnetizante rompeu o raro silêncio do quarto.
"Estou ocupada, Se o senhor está tão desocupado, talvez possa ajudar..."
Ariela sentiu uma dor aguda no pulso e, de repente, seu corpo foi puxado para Vitorino.
O casal caiu na cama junto, ele envolveu-a com os braços, trazendo-a para perto de si sob as cobertas.
"Claro que vou ajudar, querida Sra. Machado."
Vitorino a mantinha sob si, seu corpo já demonstrando urgência em possuí-la.
Ariela resistiu com todas as suas forças.
Ela usou a mão como uma barreira, mantendo o peito musculoso dele e seu próprio corpo separados.
"Sr. Machado, sua amante acabou de vir aqui à sua procura. Se ela souber que você está aqui tão ansioso comigo, será que ela ainda vai amá-lo exclusivamente?"
Ao ouvir as palavras de Ariela, Vitorino realmente parou, mas depois emitiu um grunhido de desdém.
"Isso importa?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...