Ariela ficou sem palavras.
A família Sampaio também não tinha conseguido sua tranquilidade atual, pois ela utilizou alguns truques para se aproximar de Vitorino.
O celular começou a vibrar sobre a mesa, com uma chamada de um número desconhecido.
Ariela atendeu prontamente.
"Olá, Sra. Sampaio, aqui é Elodie — você chegou bem em casa ontem? Como foi?"
Tina estava sentada à frente, ouvindo claramente o som vindo do celular de Ariela.
Ela franziu a testa, fazendo sinais com a boca para perguntar a Ariela.
"Por que essa mulher está ligando para você?"
Ariela decidiu ativar o viva-voz, para evitar as incessantes perguntas de Tina.
"Peguei um táxi, cheguei segura."
"Que bom, Vitorino conseguiu para mim o quadro do Sr. Gabriel, eu nem queria mais, você sabe como Sr. Gabriel pode ser difícil, mas Vitorino me mimou e fez de tudo para conseguir. Fiquei tão emocionada."
A voz de Elodie era excessivamente melosa, fazendo Ariela sentir uma contração estomacal, como se quisesse vomitar.
A expressão no rosto de Tina tornou-se feroz.
Ela não tinha demonstrado tanto drama nem mesmo quando confrontou Adélia.
"Eu queria saber como está indo sua tentativa de estudar com Sr. Gabriel. Soube que ele realmente realizou um concurso de pintura, você vai participar? Na verdade, eu e Vitorino realmente esperávamos que você pudesse se tornar o discípulo direto de Gabriel…"
Tina não aguentou mais ouvir e desligou o telefone.
"…"
"Quando vocês duas se familiarizaram o suficiente para ter uma ligação particular? Na próxima vez que eu a vir, vou fazer ela se arrepender."
"Na próxima vez, bloqueie essa mulher. Tem que ser muito descarada para ligar assim para você."
A paciência de Tina só se manifestava na defesa de Ariela.
"Eu não quero criar problemas."
Ninguém sabia que ela era Sra. Machado; se ela realmente exagerasse, ficaria ligada à família Machado pelo resto da vida.
As unhas compridas de Tina quebraram enquanto ela tentava controlar sua raiva.
Ela serviu-se de mais uma taça de vinho e a bebeu de um só gole, com um olhar irritável.
"Exceto Renato, conheço outros bons advogados. Se você realmente quer o divórcio, tem que levar pelo menos metade dos bens; caso contrário, o que será do bebê que você espera?"
Tina nunca tinha visto uma mulher, cujo patrimônio do marido alcançava bilhões, pedir o divórcio sem levar nada.
"Minhas pinturas podem me sustentar, não preciso depender de Vitorino."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...