Ha!
Ela não se importava mais.
O assistente olhava para Ariela, com o coração na boca.
"Senhora, está chovendo muito lá fora, é melhor você entrar no carro. Não vá pegar um resfriado."
O assistente abaixou o vidro do carro e falou com Ariela, ganhando coragem.
O Sr. Machado era duro, mas de coração mole.
Ele queria que a senhora entrasse no carro, mas tinha vergonha de dizer isso, seria melhor se ele mesmo desse um passo à frente.
Dessa forma, pelo menos, sua dignidade estaria intacta.
As emoções de Vitorino se suavizaram em seus olhos.
Ariela olhou para o assistente e, sem expressar qualquer emoção, caminhou até ele.
"Dirija. Quem lhe deu a liberdade de falar?"
A voz fria de Vitorino, sem qualquer calor, quase congelou o assistente.
Na névoa da chuva, um objeto quadrado foi lançado de dentro do carro com um "dong", quase atingindo Ariela.
Era a bolsa que ela tinha dado para Corina.
Ele a tinha recuperado de Corina.
E então…
Jogou fora na frente dela.
Como se ela fosse igual à bolsa.
Um dia, ela também seria descartada por ele, como um objeto sem valor.
Ariela correu na chuva.
Naquela época, era difícil até mesmo conseguir um táxi.
O som de uma buzina veio de trás dela.
Ela pensou que fosse Vitorino.
Mas era Renato, sorrindo para ela.
"Entre, para onde está indo? Eu te levo".
Ele a havia seguido desde o restaurante.
Não sabia que uma mulher aparentemente frágil poderia ter um temperamento tão forte.
Renato sentiu um alívio inexplicável ao vê-la não entrar no carro de Vitorino.
Ariela hesitou por um momento.
Estava muito frio.
Ela abriu a porta e entrou no carro.
Havia um cobertor no carro, então ela o pegou para se aquecer um pouco.
"Leve-me ao Hotel do Bonitão, vou me hospedar lá".
Renato sorriu levemente.
"Certo."
O atendente sorriu cordialmente.
"Senhorita Sampaio, por quanto tempo mais gostaria de estender sua estadia?"
Ariela pensou por um momento.
"Por mais um mês."
O dinheiro que ela colocou à venda deveria ser depositado em sua conta em três dias.
"Certo, com um desconto de 50%, o total da acomodação será de 350 mil. Se estiver tudo certo, pode passar seu cartão."
Ariela não hesitou e passou seu cartão de crédito.
Depois de passar o cartão, o funcionário o devolveu com um sorriso profissional.
"Desculpe, senhorita Sampaio, seu cartão foi restrito. A senhora tem outro cartão?"
A expressão de Ariela mudou ligeiramente.
Uso restrito de um cartão de crédito?
"Troque de cartão."
Todos os cartões dela eram adicionais, compartilhados com Vitorino. Quanto a ela mesma, não tinha nem um centavo em seu nome.
"Desculpe, estes cartões também não estão passando".
Depois de tentar vários cartões, Ariela foi informada de que todos haviam sido bloqueados.
Ela entendeu imediatamente: era o trabalho de Vitorino, que queria forçá-la a voltar usando esse método.
"Senhorita Sampaio, você também deve ao hotel três dias de hospedagem, o que equivale a aproximadamente 28 mil. A senhora pode fazer o pagamento agora?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...