Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 163

Ariela conversou com Nestor por um momento e depois desligou o telefone.

Ela sentou-se perto da janela, sem sentir nenhum alívio no coração embora estivesse prestes a deixar Vitorino.

Ao verificar as vagas de emprego online, ela se candidatou a uma posição de cantora residente em um pub.

O salário era bom e o conteúdo parecia menos complicado.

Depois de comunicar, foi informada que deveria comparecer para uma entrevista no dia seguinte.

Ariela vasculhou seu celular e encontrou uma foto de família.

As lágrimas voltaram a brotar.

Estar sozinha não significava solidão; era o coração inquieto que trazia tristeza.

Tina a levou para casa, mas não teve tempo de ficar com ela.

Ela estava sempre ocupada.

Ariela decidiu que só iria começar a trabalhar após o enterro de seu irmão e seu pai, dois dias depois.

E esses dois dias prometiam ser extremamente difíceis.

Era a primeira vez em três anos que Vitorino experimentou a ausência de Ariela ao seu lado.

O cinzeiro de seu quarto estava cheio de bitucas de cigarro.

Ele passou duas noites em contemplação silenciosa, e olheiras já marcavam seu rosto profundamente.

Hoje era o dia do enterro do Leandro e Tiago da família Sampaio.

Ele pegou as chaves do carro e foi até o apartamento de Tina.

Vitorino sabia que tinha ferido Ariela profundamente, e queria fazer algo para compensá-la.

Por orgulho masculino, contudo, sentia que não estava errado.

O carro preto parou do lado de fora do apartamento, e Vitorino esperou pacientemente por Ariela.

A porta do apartamento se abriu, e um homem e uma mulher apareceram.

A mulher, de cabelos longos e vestindo um longo vestido preto com um véu cobrindo o rosto.

Uma idade que deveria ser de florescer, no entanto, marcada por uma tristeza inadequada.

O homem segurava seu cotovelo gentilmente, sem intimidade excessiva, mas continuava a consolá-la suavemente ao seu lado, com um olhar gentil e expressão carinhosa.

"Se sua mãe realmente tem preconceitos contra você, podemos estacionar o carro mais longe e realizar a cerimônia assim."

Nestor não esperava que Ariela pedisse para ele acompanhá-la ao funeral das suas famílias.

Ele não sabia por que a mãe de Ariela não permitia sua presença, e ela não queria falar sobre isso, então ele não perguntou.

Ele jogou fora o cigarro e acelerou o carro, indo embora.

Quando Ariela e Nestor entraram no carro, ela sentiu uma inquietação inexplicável.

Percebendo sua hesitação, Nestor perguntou com consideração: "O que foi?"

Ariela olhou ao redor, mas só viu o vento e as árvores, nada mais.

Talvez ela estivesse apenas nervosa demais.

"Não é nada, vamos."

Chegando ao cemitério, Nestor estacionou o carro em um lugar discreto.

Ariela não quis sair; ela simplesmente não conseguia.

Catarina, apoiada por alguém, segurava uma urna funerária, enquanto outra pessoa segurava uma segunda urna, chorando desconsoladamente.

Ariela, sentada no carro, chorava sem parar.

Nestor a acompanhava, sem interromper, deixando-a desabafar.

Depois que Ariela chorou o suficiente, Nestor a abraçou gentilmente.

"Chore se quiser chorar. Sei que você tem se reprimido por muito tempo, garota pobre. Nunca se force em momento algum."

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