Amor ou Dor? Devo persistir? romance Capítulo 154

Agarrou o que estava ao alcance e jogou tudo em direção a Ariela com força.

Ariela, pega de surpresa, não conseguiu se esquivar a tempo e foi atingida no canto da sobrancelha, fazendo com que sangue começasse a escorrer imediatamente.

"Suma daqui, saia da minha casa."

Leandro estava muito frustado ao ver Ariela, até não lhe deu chance alguma de falar.

Ariela jamais imaginaria que descobriria que Tiago havia falecido após um mês sem voltar para casa.

"Pai, mãe."

"Não me chame, eu não sou seu pai, ela também não é sua mãe. Fomos errados, não deveríamos ter te criado, não deveríamos ter uma filha ingrata como você."

Quando Leandro falou, começou a tossir intensamente.

"Vá embora, vá logo. Sra. Machado, nosso humilde lar não pode acomodar uma divindade como você. Somos simples demais, não merecemos."

Catarina empurrou Ariela para fora entre lágrimas.

Os olhos de Ariela estavam vermelhos e a voz, rouca.

"Mãe, por que Tiago agiu assim?"

Leandro, com os olhos injetados de raiva, se tivesse uma faca, poderia ter apunhalado Ariela ali mesmo.

"Não venha com falsidade para a família Sampaio. Quer saber por quê? Pergunte ao seu marido. Nós imploramos a ele várias vezes, sua mãe e eu fomos te visitar quando você saiu do hospital. Ele nos expulsou, não apenas nos recusou ajuda, como seu irmão foi constantemente agredido lá dentro. Quando ele morreu e fomos buscá-lo, estava coberto de feridas."

Leandro estava tão abalado que não conseguiu continuar.

"Sra. Machado, vá, por favor."

Catarina, chamando-a repetidamente de Sra. Machado, partiu o coração de Ariela.

Ela foi empurrada para fora de casa pela empregada.

O motorista ainda estava a esperando lá fora.

Ao ver Ariela quase cair, ele rapidamente foi ajudá-la.

"Senhora, está tudo bem?"

Ariela chorou tanto que mal conseguia se manter em pé.

Ela balançou a cabeça, soluçando.

O motorista a ajudou a entrar no banco traseiro do carro, onde Ariela sucumbiu ao choro.

Tantas coisas aconteceram em um mês.

Tudo apontou para aquele homem que ela já amou profundamente.

Ariela chorou durante o caminho todo.

Ele subiu as escadas, tentou abrir a porta, mas estava trancada.

"Ariela." - Vitorino chamou várias vezes, mas Ariela não respondeu.

Finalmente, ele chutou a porta com força, encontrando-a sentada na cama, com lágrimas escorrendo sem parar.

Ele fez um barulho enorme ao chutar a porta, mas Ariela nem piscou.

"Vitorino, o que aconteceu com meu irmão foi causado por você?"

Ela levantou os olhos, cheios de lágrimas.

Vitorino ficou paralisado.

Ele sentou-se ao lado dela na cama.

"Eu só soube da situação do Tiago depois. Lamento muito não ter conseguido ajudar."

Ele tentou se explicar.

"Foi você que não ajudou ou tem algo a ver com você?"

Ariela, desafiando a expressão de raiva que ele estava prestes a mostrar, jogou o conteúdo do seu diário na cara dele.

"Por que você imprimiu meu diário? Onde está o meu caderno de anotações?"