Ariela estava de pé na chuva, chorando, com os ombros tremendo incessantemente.
Vitorino queria confortá-la, queria abraçá-la, mas ela estava completamente resistente.
"Você está mentindo!"
Todo mundo tinha amigos, como podiam ser tão ruins suas relações a ponto de não conseguir chamar nem um único amigo para buscá-la?
"Ariela, volte comigo."
A voz de Vitorino estava rouca.
Ariela manteve-se firme contra ele, mas eventualmente desabou diante dele, completamente frágil.
Por causa da chuva, Ariela pegou uma febre.
Uma febre de trinta e nove graus.
Vitorino a carregou de volta para casa, e Juliana suspirou aliviada.
Caso contrário, ela teria que reclamar com Amaro, e o Sr. Machado certamente ficaria sabendo.
Se isso acontecesse, seria constrangedor para ela continuar trabalhando para o Sr. Machado.
Pelo tempo que Ariela esteve doente, Vitorino cuidou dela sem descanso.
Durante esses dias, não importava quantas vezes Elodie ligasse, ele simplesmente não atendia.
Pressionado, ele pediu para Corina cuidar disso.
A notícia que Elodie recebeu de Corina foi de que Vitorino parecia ter desenvolvido sentimentos por Ariela.
Ao ouvir isso, Elodie ficou chocada, sem conseguir falar nada.
Vitorino ficou em casa por três dias inteiros, sem ir a lugar algum.
Ele deixou os assuntos da empresa nas mãos do gerente do departamento para cuidar de tudo.
No quarto dia, Fernanda chegou.
Ela sentou-se calmamente no sofá, enquanto Juliana trazia café e lanches.
Fernanda, com seu cabelo elegantemente preso, irradiava uma aura de nobreza.
"Senhora Fernanda, fique à vontade, por favor. Vou chamar o senhor."
Vitorino já desceu assim que ouviu o barulho.
"O que tem acontecido ultimamente? Nossa família Machado tem aparecido frequentemente nas notícias, sua esposa, junta com Elodie, tem trazido problemas sem fim para nossa família."
Vitorino, ao ver Fernanda, mal conseguia conter sua irritação antes mesmo de se aproximar dela.
"Não se preocupe com os meus assuntos."
Quando seria a vez dele, um bastardo, ter qualquer direito na família Machado?
"Minha mãe já morreu."
Vitorino não estava disposto a aceitar suas palavras.
Quando ele tinha oito anos, foi levado para a família Machado, sendo forçado a se separar de sua mãe biológica.
Ele sabia muito bem por que Fernanda o havia mantido.
"Vitorino, como você ousa falar assim?"
Fernanda se levantou e lhe deu um tapa.
Vitorino não revidou.
Apenas levantou-se, cuspiu o cigarro no chão e o apagou com o pé.
"Vá embora."
Ele pediu para Juliana acompanhar a visita à saída.
Fernanda ficava relutante.
"Você deveria resolver a situação dessas duas mulheres o quanto antes. O que você acha que o velho escolheu você como herdeiro? Não foi nada mais do que para deixar um descendente para seu falecido pai e garantir a continuidade da família Machado?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...