Ele envolveu o queixo dela por trás, virando seu rosto para beijá-la.
As mãos dele lentamente deslizaram pelas alças do pijama dela, descendo pelo contorno dos braços dela até seus dedos se entrelaçarem.
Rolinho foi expulso da cama quente, olhando com a cabeça erguida para os dois emaranhados na cama, miando baixinho algumas vezes.
Ao perceber que estava sendo ignorado, saiu pela porta entreaberta.
Vitorino a pressionou gentilmente contra a cama, beijando-a enquanto observava suas expressões.
Os cabelos dela, densos como algas marinhas, espalhavam-se pelo travesseiro, contrastando vivamente com sua pele.
Vitorino pegou a mão dela, fazendo-a envolver seu pescoço, e se inclinou para beijá-la.
Ariela se perdeu na ternura dele, seu corpo ficou vazio, a única peça de roupa que restava também desapareceu.
"Vitorino, espera."
Ariela colocou a mão contra o avanço dele, e os olhos dele se aprofundaram ainda mais.
Ele já estava fora de controle há tempos.
"O que quer dizer?"
Ele mordeu suavemente a base de sua orelha, enquanto também acariciava o delicado pescoço dela, puxando-a para sentar-se sobre ele.
"Acho que estou doente." - Ariela, enquanto se deleitava com sua habilidade de amor, duvidava da situação.
"Hm, você estava doente antes."
Ele intensificou o movimento, e as mãos dela agarraram-se mais fortemente a ele.
Ele a colocou de volta na cama, envolvendo-a em seus braços.
Ariela, incapaz de aguentar sua força, deixou marcas vermelhas profundas e superficiais em suas costas.
Todos os pontos de interrogação em seus pensamentos dissiparam-se com a paixão.
Depois de um tempo, ela desabou em seus braços, com os longos cabelos espalhados por ele como um travesseiro.
Vitorino observou seu rosto adormecido, com os cílios tremendo levemente.
A chegada daquelas duas pessoas da família Sampaio havia desorganizado todos os seus planos.
Vitorino não precisava de uma esposa que pensasse por si mesma; tudo o que ele queria era amor profundo, companheirismo e obediência absoluta a ele.
A memória de Ariela estava profundamente escondida; ela ainda o amava.
Vitorino lentamente afastou a mão dela, levantando-se para tomar um banho.
Ao sair, trocou de roupa e saiu do quarto.
Lá embaixo, Juliana estava alimentando Rolinho.
Ao ver Vitorino descer, Rolinho pulou animadamente ao seu redor.
"Senhora, o que faz acordada a esta hora?"
"Onde está Vitorino?"
Ela não conseguia encontrá-lo.
"O senhor foi até a casa da Srta. Duarte." - Juliana falou sem pensar.
Um raio iluminou o rosto pálido de Ariela num instante.
Srta. Duarte, novamente.
Juliana xingou-se mentalmente por falar sem pensar.
Um homem indo à casa de outra mulher no meio da madrugada.
Ariela não queria pensar naquilo.
Ela, uma mulher cujo marido correu para outra no meio da noite, estava prestes a desabar.
Ariela ficou parada por um longo tempo, tanto que até a respiração de Juliana se tornou tensa.
Ariela finalmente falou, com voz calma.
"Onde essa Srta. Duarte mora?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor ou Dor? Devo persistir?
Não vai ter a continuação...
Diz que está concluído, mas não está...